Países dos leitores

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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Não Dorme (A respeito da educação e das eleições)

Desesperada e anoitecida, a mente não dorme em paz, nem ao cérebro permite que descanse. Neurônios discutem temas filosóficos, e formas pensamentos brigam entre si como se fossem filhas legítimas de um processo mental, que lhes houvesse dado vida; mas não são reais.
Existem naquele momento de geração e depois, apenas sombras é o que a elas cabe como papel exercerem.

Também às formas emocionais outros papéis não cabem, e assim as nuvens pessoais se juntam e formam a grande nuvem coletiva, por onde vagueiam fantasmas assustando-nos à noite, em sonhos, e durante o dia influenciam nossos guias e dirigentes, enquanto homens de vontade fraca que desejam o comando de nosso destino e o conseguem, alguns...

Não se pode em tal estágio mental afirmar categoricamente que seja uma mente racional, porque ainda não existe aí uma razão independente.

Embora esses “sonâmbulos” discutam teorias e defendam opiniões pessoais, quem tiver um pouco de sensibilidade e um pouco de conhecimento sobre o mecanismo psicológico, compreenderá claramente tratar-se de um papagaio vestido de gente, e falando uma língua semelhante à nossa.

Entretanto, quando desespera por motivos de os temas mentais se tornarem difíceis de resolver, já revela esta mente um bom indício de que ali há esperança de um futuro pensante nascer.

Terá para isso de contar com a reencarnação, através da qual durante muitas vidas poderá tornar-se um daqueles capazes de pensar por si mesmo; e é isto o que demonstram os grandes e poucos escritores, os pouquíssimos e grandes pensadores e os raríssimos MANÚS, que as tradições chamam de iluminados e salvadores dos homens.

Mas existem tantas religiões querendo salvar os homens, que nem é preciso mais pensar muito; desde que se tenha fé em qualquer coisa, até eventualmente na xícara que vá sobre o pires, onde, por regra se despeja ou derrama café quente, quando não aquele dos cinco éfes! Mas não se trata aqui de nenhuma crença e não são, portanto as cinco fés as qualidades do café.

Cinco, porém são os predicados de cada uma das mãos, se a cada dedo consagrado for uma arte planetária...

Mas não digo quais são essas artes nem que ameaças de morte venham a coagir-me para que eu fale! Todavia posso garantir que pela maneira como o disse lembre uma brincadeira, não é brincadeira. Ao contrário, é coisa seríssima, para com “seríssima” classificar a dimensão da grandeza encerrada na representação planetária escrita nos dedos de cada mão.

E onde falte um mindinho cuidado! Aí faltará Mercúrio e não representa este planeta apenas a inteligência, mas principalmente o caráter, que parece estar a sua falta comprovando a teoria, naquele muito conhecido em que falta o mindinho e também o caráter.

Considerando as duas mãos, dez haverão de ser os talentos dos homens, porque embora semelhantes, são em concreto direitos e esquerdos... Também para homenagear os nobres Hindus, porque Deus ou Brahma é realmente dez...

sábado, 9 de maio de 2009

-"Chicken a la carte"

Um excelente vídeo baseado numa história verídica, que incomóda mas que não se pode deixar de ver.
Este filme ficou em 1º lugar, considerado a Curta Metragem Mais Popular, numa competição sob o tema COMIDA, SABORES E FOME, lançada durante o 56º Festival de Cinema de Berlim.
Concorreram 3.600 realizadores de todo o mundo, sendo somente 32 seleccionados.

Não deixemos que se esqueça que morrem de fome, em todo o Mundo, 25.000 pessoas POR DIA

(para aumentar clique em cima do filme com o lado direito do rato e seleccione "zoom in"; para sair "zoom out")

-"Sugestão para o passeio de fim-de-semana"




Este vídeo pode ser visto em tamanho grande e HQ em
"Rosa dos Ventos-Videoteca" http://rosadosventosvideo.blogspot.com

quarta-feira, 6 de maio de 2009

-"A propósito da Escola..."

Falou-se ainda a pouco, por aqui, de educação, de escola, coisas que eu nem entendo muito, mas vejo e falo então mais pelos olhos, do que pela memória...
Mas ainda assim e a pouca memória lembro-me imediatamente da minha amiga portuguesa, professora, Lurdes Castanheira, e a sua antiga luta pela escola...
É que as pragas que vieram vindo praga em praga multiplicando-se resultaram nisto de agora negativo todo...
E as artes têm sido a sua forma dual de expressão, negativa e positiva.
Quando, porém se juntaram em cena, palco, teatro, cinema, música e literatura vieram vindo, e numa sequência sórdida em práticas globais, chegou...
Principalmente em novelas, baratas de assistir, e fáceis de engolir e massificar o povo seria um verbo fácil de conjugar. Sucesso garantido e o Ibope altíssimo, o povo na frente da telinha, chora, remói o juízo e acaba aprendendo uma arte...
Destaque-se e celebrem-se as boas artes, em todas as suas expressões, inclusive algumas raras novelas e filmes.
Mas nem tanto estes são culpados, pobres novelas e filmes, mas seus autores, malditos autores, ou seriam autores malditos?
E dentre eles destacaria não um, mas uma autora, que se diz novelista, quando na verdade tem sido formuladora de uma verdadeira escola de “sacanagem” muito bem sucedida.
Ensinar mulheres a trair maridos, foi tão eficiente que hoje já nem é crime e normal com AIDS CDA e tudo, mas com camisinha. Por favor, radio televisão, cinema, imprensa e tal (“Usem Camisinha e Brasil um País de Tolos”) constante, senão!
Ensinar a arte da traição dá “modulo” e o modo mais eficaz de aplicar golpes entre amigos, criar inimigos, para depois ensinar um supremo castigo e matá-los a todos, e no final triunfante o bem vencerá e o herói, que maravilha de herói! Viva!
Às vezes, porém, apesar do desdém do descrente é tamanha a lei em rigor de causa e efeito, que em vez do inimigo leva às vezes um ente querido...
Ah, leva sim!
Que o diga Mozart, e seu Don Juan!
Mas Mozart não dirá nada, que há muito tempo o calou o seu Réquiem.
E não é que esta grande autora tem um nome?
Tem, sim, mas eu não digo o seu nome.

sábado, 2 de maio de 2009

-"Dúvida quanto à origem das Borboletas II"

Caminho desconhecido

Não sei onde vai dar o caminho pelo qual não vou andando. Como saberia? Não sou profeta, pastor, cartomante, quiromante nem condutor de gado?

Na verdade não sei de nenhum caminho, nem mesmo daquele a que denominam estrada já traçada; e nem mesmo pequeno beco ou carreiro, trilha ou trecho hipotético.
Não entendo absolutamente nada de caminhos, e nem sei por nenhum deles com qual tipo de pés se devam caminhar.
Tendo realmente andado, caso me tenha movido e seguido em qualquer direção terei seguido por um atalho ou beco sem sáida?
E se tiver andando em círculos e tendo já aqui chegado, ainda assim não sei ao certo se saí do mesmo lugar.
Estando eu como estou me sentindo surdo e mudo e também manco completamente dos atributos da inteligência, o que sou ou posso saber, de verdade?
Só por estar aqui em presença relativa com este meu gesto pobre e rude a escrever as provas de que vivo?
Mas quem ou o quê vive e realmente é este que penso ser?

É preciso mais que isso para viver e caminhar...

E se em nada mais sei estar presente, nem sequer se o sol é ardente ou a chuva fria!
Ou mesmo se alguma coisa há que garanta ser eu próprio eu, ou senão mera fantasia do que nem saberia descrever?

Mas, que ainda assim, enquanto este, escrevo?

De um olhar tão distante e de uma luz tão fria, o quê garante que sou eu e o que sou e aonde eu ia vá ainda, ou fui?

Convém respeitar os escritos, convém respeitar as palavras, mas aos conceitos que elas encerram porque encerremnem tanto não se devem respeitar, em virtude dos “encerramentos” e do que andem a apartar num cercado; ou mesmo numa arca ou ostra!