Países dos leitores

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quinta-feira, 28 de junho de 2012

-"A ditadura do Capital"

"Austeridade a mais pode "repetir" o que se passou na Alemanha pré-nazi

Quem o diz é Ewald Nowotny, governador do Banco da Áustria e membro do conselho de governadores do BCE, que traça um paralelo com as políticas de austeridade na Alemanha no começo dos anos 30, ambiente que facilitou a chegada ao poder de Adolfo Hitler.

Surpreendentemente, um membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) alerta para os perigos de políticas de excessiva austeridade fazendo um paralelo histórico com o que se passou na Alemanha no princípio dos anos 1930, depois da eclosão da Grande Depressão nos Estados Unidos.
Numa conferência, Nowotny recordou que as políticas de austeridade excessivas seguidas pelo então chanceler Heinrich Bruning, um especialista em finanças, na parte final da República de Weimar, produziram uma situação de crise profunda, desemprego em massa, e agravamento da situação política interna que criou as condições para a subida do nazismo ao poder.
O filme desta degradação política durou pouco mais de dois anos, e pode-se resumir da seguinte forma:
Em março de 1930, o presidente Paul von Hindenburg nomeou Bruning chanceler, mesmo sem maioria parlamentar de apoio, passando a governar por decretos de emergência, nomeadamente aplicando uma receita de austeridade extrema, no meio de uma Grande Depressão então global. Desemprego em massa criando franjas de miséria, empobrecimento da classe média com radicalização política de diversos segmentos, movimentos nos grandes grupos empresariais e financeiros e grande turbulência política levaram à queda de Bruning em maio de 1932.
A partir dessa altura sucederam-se vários governos e duas eleições legislativas nesse ano, em julho e novembro, em que o partido de Hitler se afirma como principal força política, com mais de 30% de votos. A 30 de janeiro de 1933, Hitler é nomeado chanceler."

COMENTÁRIO DO EDITOR

As consequências centrais (sem considerarmos as colaterais) do que acima foi descrito já todos conhecemos: o Holocausto, o uso de armas nucleares em combate e cerca de CEM MILHÕES de mortos. no que foi considerado o conflito mais letal da história da humanidade!
Na Alemanha, depois do período de hiperinflação de 1921 a 1924, seguiu-se um período de crescimento até 1929, que ficou conhecido como "goldener Zwanziger" (os dourados anos vinte), após o que a bolha rebentou e o povo ficou sujeito às condições humilhantes da austeridade que lhes foi imposta. Com austeridade que os arrastava para a miséria e recordando o sofrimento da década anterior, em que houve pessoas que morreram à fome e que os afortunados que podiam ir às compras tinham de levar o dinheiro numa mala de viagem (tal era a inflação), não admira que tenham apoiado uma "marioneta" psicótica como Hitler.
Será bom que os europeus estudem melhor a história ! ... Que aprendam com o passado e que tenham sempre presente que podem cair numa situação idêntica à dos alemães nos dourados anos vinte. E os alemães também ! ...

ANorton





domingo, 17 de junho de 2012

-"O assassinato dos idiomas"

A UNESCO, departamento da ONU para a Educação, Ciência e Cultura, num estudo que realizou, aponta a pressão exercida naturalmente pelas línguas dominantes e a repressão política como principais responsáveis pelo possível extermínio de cerca da metade dos 6.500 idiomas falados em todo o mundo.
Alerta, também, para o facto de o desaparecimento de uma língua acarretar a perda definitiva de uma parte insubstituível do conhecimento humano pois  quando uma língua morre leva consigo a cultura do povo que a falava.

Na Austrália, nos últimos 100 anos, foram extintas centenas de línguas aborígenes e outras tantas estão em processo de desaparecimento devido às políticas de assimilação cultural.
No continente asiático, as 2.200 línguas lá faladas correm, igualmente, sério risco de desaparecerem.
Na região do Pacífico, onde se concentra um terço de todas as línguas faladas no mundo, o fenómeno é idêntico
Nos Estados Unidos, pelo menos 150 línguas indígenas, que conseguiram sobreviver à chegada dos europeus, estão agora ameaçadas de extinção.
No Brasil, acontece o mesmo com muitas línguas ainda faladas pelos índios que resistem à assimilação.
Na África, 550 línguas das 1.400 existentes poderão desaparecer em breve.
As 230 línguas faladas na Europa ou estão em processo de diluição ou travam uma luta tenaz contra os que as querem extinguir.
Mas não são apenas as línguas minoritárias que estão ameaçadas de desaparecimento.
O dialeto, modalidade regional de uma língua caracterizada por certas peculiaridades fonéticas, gramaticais ou léxicas, também segue o mesmo rumo em muitos países.

Na Europa Central, riquíssima em dialetos, poucos são os que ainda são usados.

Os idiomas francês, espanhol, chinês e russo sufocaram as línguas minoritárias em seus países sem, contudo, terem conseguido fazê-las desaparecer.
Das lutas pela preservação do seu idioma e da sua identidade são dignas de destaque a que os irlandeses travaram após a selvagem ocupação inglesa que proibiu o uso do galês e a que os povos de Espanha vêm travando contra a criminosa tentativa de anulação ou adulteração dos seus idiomas pela dissimulada infiltração da língua castelhana.  
 

domingo, 10 de junho de 2012

-"DIA DE PORTUGAL"

Neste DIA DE PORTUGAL e, principalmente, neste momento, parece-me muito adequado recordar o que foi e é Portugal

(clicar na imagem para ampliar)
Zona Azul:
principais explorações marítimas, rotas e áreas de influência; Vermelho: territórios do Império; Cinza: explorações e áreas de influência económica; Laranja: áreas de influência e comércio ; Rosa: reivindicações de soberania; Verde: feitorias;

Nos séculos XV e XVII, como resultado de pioneirismo na Era dos Descobrimentos, Portugal expandiu a influência ocidental e estabeleceu um Império que incluía possessões na África, Ásia, Oceania e América do Sul, tornando-se a potência económica, política e militar mais global e importante de todo o mundo. O Império Português foi o primeiro império global da história e também o mais duradouro dos impérios europeus, abrangendo quase 600 anos de existência, desde a conquista de Ceuta em 1415, até à transferência de soberania de Macau para a China em 1999.
Portugal é, atualmente, um país desenvolvido com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considerado como muito elevado. O país é considerado como tendo boa qualidade de vida, tem um dos melhores sistemas de saúde do planeta e é também uma das nações mais globalizadas e pacíficas do mundo.
É membro-fundador da ONU, da União Europeia, da NATO, da OCDE e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Portugal também participa em missões de paz da ONU.

terça-feira, 5 de junho de 2012

-"A importância da CPLP"

No mapa publicado abaixo pode se ver a importância estratégica da CPLP e as potencialidades, tanto no campo político como comercial, que ela encerra. Dirigida por políticos inteligentes e concretizada por empresários eficientes, a CPLP poderá ter papel importante no cenário mundial.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

-"Merkel não sabe onde fica Berlim"

Aos olhos de Angela Merkel a Alemanha é bem grande. A Chanceler Federal da Alemanha, Angela Merkel, falhou no teste de geografia ao indicar, com recurso a um mapa improvisado, Berlim numa zona de território russo. O episódio veio a público na sexta-feira, mas não teve grande repercussão nos meios de comunicação alemães. A gaffe aconteceu na Escola Internacional Europeia em Berlim, quando a líder alemã foi convidada a participar numa aula de Geografia.