Países dos leitores

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sábado, 21 de dezembro de 2013

-" Portugal chegou há 500 anos à China "



O Centenário que não foi celebrado: chegada à China 

(1513-2013).




JORGE ALVARES, o português que chegou à China há 500 anos. 


O primeiro contacto documentado de portugueses com território da China aconteceu há 500 anos, na atual província de Guangdong, no sul, entre Julho e Agosto de 1513, numa aventura de mercadores saídos de Malaca.
Dois ou três portugueses, Jorge Álvares, seu filho (que morreu na viagem) e outro português (cuja identidade e fim se desconhece), embarcaram num junco de mercadores malaios, que saiu de Malaca, na atual Malásia, em Maio de 1513 e chegou ao litoral chinês entre Julho e Agosto do mesmo ano.
O cronista português João de Barros afirmou que Jorge Álvares, um mercador estabelecido por conta própria, foi o primeiro português a chegar ao sul da China, mais especificamente a uma ilha, designada pelas fontes históricas portuguesas como "Tamão", que também foi designada como "Lintin" e identificada como a atual ilha de Nei Lingding, no centro do delta do rio das Pérolas, a norte de Macau.
Os portugueses da época iam para a Índia como funcionários públicos (soldados ou feitores) durante três ou seis anos. Terminado esse período, alguns regressavam a Portugal e outros estabeleciam-se na Ásia por conta própria, como comerciantes ou mercenários.Os portugueses tinham armamento superior e eram muito cobiçados por todos aqueles potentados asiáticos, onde podiam atuar como "conselheiros militares".
Jorge Álvares foi um desses portugueses, que primeiro esteve ligado à estrutura do Estado na Índia e depois se estabeleceu por conta própria. 
Dos negócios que fez na China obteve lucros tão grandes que incitaram imediatamente outros portugueses a partir de Malaca para o litoral chinês. Daqui nasce uma expressão ainda hoje utilizada, os 'negócios da China', algo que dá lucros fabulosos. De acordo com um cronista da época, o lucro era quatro vezes superior ao investimento. Portanto, era “um destino comercial muito atrativo para os portugueses, que não param de ir à zona todos os anos".
Os portugueses vendiam especiarias, em especial pimenta (muito consumida na China), e madeiras aromáticas (usadas em rituais religiosos).

Jorge Álvares regressou a Malaca, em Abril ou Maio de 1514, com produtos manufacturados chineses: porcelanas e sedas, mas também almíscar, aljôfar (pérolas miúdas), enxofre e salitre (componentes para o fabrico de pólvora), cânfora, ruibarbo e “abanos léquios” (os 'leques', nome que deriva do topónimo Léquios, como eram conhecidas as ilhas japonesas Ryukyu)..
João de Barros escreveu que Jorge Álvares foi uma segunda vez à China em 1521, morrendo de doença na ilha de Tamão, a 08 de Julho do mesmo ano. Foi enterrado junto a um padrão que ali tinha colocado oito anos antes.

Entre 1517 e 1521, Portugal enviou uma "embaixada", liderada por Tomé Pires, que foi o primeiro enviado oficial português à China, cuja missão de estabelecimento de uma posição na zona fracassou.
Normalmente, os portugueses usaram na aproximação àquelas zonas, do que nós hoje chamamos Malásia e Indonésia, uma espécie de posição de força, ou seja, tinham armas, tinham canhões e tinham o equivalente a espingardas (mosquetes) e tinham navios poderosos e, portanto, conseguiram ocupar determinadas posições pela força. Temos o exemplo de Malaca e das ilhas Molucas, em que os portugueses ocuparam uma cidade portuária e construíram uma fortaleza.
O mesmo tentaram na China mas o exército chinês não tinha nada a ver com todas as outras potências ali à volta. Era um Estado sólido, com recursos infinitos e não autorizou esse estabelecimento dos portugueses, nos mesmos moldes que tinham feito noutras zonas, levando à adoção - pelos portugueses - de uma posição mais informal de comércio, de contatos que, a pouco e pouco, se foram desenvolvendo e nos anos 1550 veio a dar origem ao estabelecimento de Macau.

Fonte: declarações do historiador Rui Loureiro a Lusa/SOL  

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

-" O MUNDO - análise divertida... "

Por Hernáni Casciari
Li uma vez que a Argentina não é nem melhor, nem pior que a Espanha, só que mais jovem.
Gostei dessa teoria e aí inventei um truque para descobrir a idade dos países baseando-me no 'sistema cão'.
Desde meninos nos explicam que para saber se um cão é jovem ou velho, deveríamos multiplicar a sua idade biológica por 7.
No caso de países temos que dividir a sua idade histórica por 14 para conhecer a sua correspondência humana. Confuso? Neste artigo exponho alguns exemplares reveladores.

A Argentina nasceu em 1816, assim sendo, já tem 190 anos. Se dividimos estes anos por 14, a Argentina tem 'humanamente' cerca de 13 anos e meio, ou seja, está na pré-adolescência. É rebelde, não tem memória, responde sem pensar e está cheia de acne. Quase todos os países da América Latina têm a mesma idade, e como acontece nesses casos, eles formam gangues. A gangue do Mercosul é formada por quatro adolescentes que tem um conjunto de rock. Ensaiam em uma garagem, fazem muito barulho, e jamais gravaram um disco.A Venezuela, que já tem peitinhos, está querendo unir-se a eles para fazer o coro. Em realidade, como a maioria das mocinhas da sua idade, quer é sexo, neste caso com Brasil.
O México também é adolescente, mas com ascendente indígena. Por isso, ri pouco e não fuma nem um inofensivo baseado, como o resto dos seus amiguinhos. Mastiga coca, e se junta com os Estados Unidos, um retardado mental de 17 anos, que se dedica a atacar os meninos famintos de 6 anos em outros continentes. No outro extremo, está China milenária. Se dividirmos os seus 1.200 anos por 14 obtemos uma senhora de 85, conservadora, com cheiro a xixi de gato, que passa o dia comendo arroz porque não tem - ainda - dinheiro para comprar uma dentadura postiça. A China tem um neto de 8 anos, Taiwan, que lhe faz a vida impossível. Está divorciada faz tempo de Japão, um velho chato, que se juntou às Filipinas, uma jovem pirada, que sempre está disposta a qualquer aberração em troca de grana.

Depois, estão os países que são maiores de idade e saem com o BMW do pai.

Por exemplo, Austrália e Canadá. Típicos países que cresceram ao amparo de papai Inglaterra e mamãe França, tiveram uma educação restrita e antiquada e agora se fingem de loucos.
A Austrália é uma babaca de pouco mais de 18 anos, que faz topless e sexo com a África do Sul. O Canadá é um mocinho gay emancipado, que a qualquer momento pode adoptar o bébé da Groenlândia para formar uma dessas famílias alternativas que estão de moda.
A França é uma separada de 36 anos, mais prostituta que uma galinha, mas muito respeitada no âmbito profissional. Tem um filho de apenas 6 anos: Mónaco, que vai acabar virando gay ou bailarino... ou ambas coisas. É a amante esporádica da Alemanha, um caminhoneiro rico que está casado com a Áustria, que sabe que é chifruda, mas que não se importa.
A Itália é viúva faz muito tempo. Vive cuidando de São Marino e do Vaticano, dois filhos católicos gémeos idênticos. Esteve casada em segundas núpcias com Alemanha (por pouco tempo e tiveram a Suíça), mas agora não quer saber mais de homens. A Itália gostaria de ser uma mulher como a Bélgica: advogada, executiva independente, que usa calças e fala de política de igual para igual com os homens (a Bélgica também fantasia de vez em quando que sabe preparar esparguete).
A Espanha é a mulher mais linda de Europa (possivelmente a França se iguale a ela, mas perde espontaneidade por usar tanto perfume). É muito tetuda e quase sempre está bêbada. Geralmente se deixa enganar pela Inglaterra e depois a denuncia. A Espanha tem filhos por todas as partes (quase todos de 13 anos), que moram longe. Gosta muito deles, mas a perturbam quando têm fome, passam uma temporada na sua casa e assaltam sua geladeira.
Outro que tem filhos espalhados no mundo é a Inglaterra. Sai de barco de noite, transa com alguns babacas e nove meses depois, aparece uma nova ilha em alguma parte do mundo. Mas não fica de mal com ela. Em geral, as ilhas vivem com a mãe, mas a Inglaterra as alimenta.
A Escócia e a Irlanda, os irmãos da Inglaterra que moram no andar de cima, passam a vida inteira bêbados e nem sequer sabem jogar futebol. São a vergonha da família.
A Suécia e a Noruega são duas lésbicas de quase 40 anos, que estão bem de corpo, apesar da idade, mas não ligam para ninguém. Transam e trabalham, pois são formadas em alguma coisa. Às vezes, fazem trio com a Holanda (quando necessitam maconha, haxixe e heroína); outras vezes cutucam a Finlândia, que é um cara meio andrógino de 30 anos, que vive só em um apartamento sem mobília e passa o tempo falando pelo celular com a Coreia.
A Coreia (a do sul) vive de olho na sua irmã esquizóide. São gémeas, mas a do Norte tomou líquido amniótico quando saiu do útero e ficou estúpida. Passou a infância usando pistolas e agora, que vive só, é capaz de qualquer coisa. Estados Unidos, o retardadinho de 17 anos, a vigia muito, não por medo, mas porque quer pegar as suas pistolas.Irão e Iraque eram dois primos de 16 que roubavam motos e vendiam as peças, até que um dia roubaram uma peça da motoca dos Estados Unidos e acabou o negócio para eles. Agora estão comendo lixo. O mundo estava bem assim até que, um dia, a Rússia se juntou (sem casar) com a Perestroika e tiveram uma dúzia e meia de filhos. Todos esquisitos, alguns mongolóides, outros esquizofrénicos.Faz uma semana, e por causa de um conflito com tiros e mortos, os habitantes sérios do mundo descobriram que tem um país que se chama Kabardino-Balkaria. É um país com bandeira, presidente, hino, flora, fauna... e até gente! Eu fico com medo quando aparecem países de pouca idade, assim de repente. Que saibamos deles por ter ouvido falar e ainda temos que fingir que sabíamos, para não passarmos por ignorantes.

Mas aí, eu pergunto: por que continuam nascendo países, se os que já existem ainda não funcionam?
E Portugal?
Por esta ordem de ideias Portugal será um kota de 62 anos, que não quer saber dos filhos que fora de horas teve em África duma mãe trintona ( todos agora com por volta dos dois anos e meio) enquanto se perde de amores pela enteada katorzinha que do outro lado do Atlântico se insinua emergente e tesuda ao som do Samba. Proxeneta por tradição, sendo o mais velho na Europa acha que os outros têm obrigação de o sustentarem, e para tal usa de todos os estratagemas e de chantagem emocional: quando necessário até canta o Fado.
Fabulosa localização com... "aquela janela virada para o mar"! Já para não falar das vinhas ancestrais que lhe crescem  nas traseiras do quintal, do azeite  das oliveiras que bordejam a propriedade, do peixinho fresco que só falta conhecer o caminho para o assador para ser perfeito!
Ah! À sua custa vivem duas belas filhas solteironas já quarentonas: uma toda virada para a ecologia, com uns olhos azuis lindos como lagoas; e a outra, muito rebelde, a ameaçar casar sempre que a mesada tarda. Ambas com um temperamento assaz vulcânico, prometem ainda dar que falar: a primeira tem sempre a cama feita para um jovem ricaço que a visita amiude de avião; e a segunda, de tão bela, dá-se ao luxo de nem se depilar da sua floresta laurissilva, recentemente eleita para Património Mundial da Humanidade.
NOTA SOBRE O AUTOR:Hernán Casciari nasceu em Mercedes (Buenos Aires), a 16 de Março de> 1971. Escritor e jornalista Argentino. É conhecido por seu trabalho ficcional na Internet, onde tem trabalhado na união entre literatura e blog, destacado na blognovela. Sua obra mais conhecida na rede, 'Weblog de una mujer gorda', foi editada em papel, com o título: 'Más respeto, que soy tu madre'.


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

-" À amnésia convulsiva de Soares juntam-se os abutres e agitadores da esquerda à direita de Portugal "

Artigo de Vítor Santos – maior tv, publicado em Jornal O Povo (Fortaleza-Brasil)


“se quer dar o exemplo, num momento tão difícil, pode abdicar dos apoios

públicos à sua fundação”…

A m n é s i a   co n v u l s i v a   d e   S o a r e s
Mário Soares decidiu promover um manifesto que pede a demissão do Governo. Obviamente que, quaisquer um pode discordar de Passos Coelho e do seu executivo, pela forma como está a conduzir o país.
Mas o ex-presidente da República esquece-se do desastre que foram os governos socialistas, nomeadamente, os liderados pelo seu camarada José Sócrates e, sobretudo, os seus, enquanto primeiro-ministro.

Respondeu-lhe bem João Almeida do CDS-PP, por escrito, fazendo-lhe um desafio público: “se quer dar o exemplo, num momento tão difícil, pode abdicar dos apoios públicos à sua fundação”…
Também Sérgio Azevedo, deputado do PSD, afirmou que “se houvesse personalidade que sempre se aproveitou e tirou partido de qualquer regime foi este senhor. Agora, é só tirar as ilações”.

Mas voltando ao manifesto do senhor Ex-presidente da República que mais não foi do que um encontro de arruaceiros instigando violência pública gratuita, vejo presentes os oportunistas de sempre, da direita à esquerda.
E, o que mais me impressionou, foi ver o senhor Pacheco Pereira (PSD) sentado ao lado do amnésico Soares criticando de uma forma absolutamente demagoga, diria mesmo insultuosa, as medidas do actual Governo.
Os abutres desde a esquerda à direita juntaram-se à amnésia de Mário Soares. Porque será?
A amnésia de Soares, há muito conhecida, é tão selectiva como conveniente. É incrível que haja ainda quem, lhe dê ouvidos.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

-" A causa da revolta de Mário Soares "


Fundação Mario Soares receberá "so"1,8 milhões de euros até 2014. (Corte do dinheiro foi de 30% revoltando o ex presidente

Fonte: Jornal O POVO (Fortaleza-Brasil)


O corte no dinheiro que Soares recebia à custa dos portugueses, levou o ex-presidente a arqui-inimigo do atual Governo,
O apoio financeiro à Fundação Soares resulta da prorrogação do protocolo celebrado em 2007, durante o Governo de José Sócrates.
A Fundação Mário Soares vai receber, nos próximos dois anos, 210 mil euros de apoio financeiro do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Ao todo, entre 2008 e 2014, a fundação presidida pelo próprio Mário Soares receberá do Estado um total de cerca de 1,8 milhões de euros.




domingo, 24 de novembro de 2013

O povo – portugues – pede desculpa por ainda não ter escolhido a violência (que Mario Soares tanto quer para o País)

Uma pergunta indispensável… Mario Soares já foi a algum psicologo para confirmar o estado adiantado de sua insanidade, afim de o internar?
Fonte: Jornal O Povo (Fortaleza-Brasil)




O  p o v o   p e d e   d e s c u l p a   p o r   a i n d a   n ã o   t e r   e s c o l h i d o   a   v i o l ê n c i a
Apesar de tanta gente antecipar a violência popular, o país parece ter descoberto uma sabedoria dos tempos difíceis.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

-"D.Catarina de Bragança"

Infanta de Portugal e Raínha de Inglaterra (1638 - 1705)
Por Maria Luísa V.Paiva Boléo
O Paço dos Duques de Bragança, em Vila Viçosa
                               
         A infanta portuguesa ficou hospedada em King’s House, residência do governador da cidade. Porém, uma infecção na garganta vai retê-la no leito. Nessa altura alguém da corte, talvez o médico, sugeriu dar-lhe a beber um copo de cerveja, bebida já vulgar em Inglaterra. D. Catarina de Bragança, com a garganta a arder e com muita febre pediu em espanhol, uma chávena de chá, o que deve ter provocado uma enorme perturbação entre os presentes, pois o chá não era bebida conhecida na corte. O chá, hoje a bebida oficial do Reino Unido, foi, como sabemos, introduzida por esta nossa rainha na corte inglesa, já vamos saber como e quando. D. Catarina também levou móveis, entre eles preciosos contadores indo-portugueses que nunca tinham sido vistos em Inglaterra.

          D. Catarina, infanta de Portugal, o tal país que os detractores diziam ser paupérrimo e com uma corte sem maneiras, introduziu inovações na corte inglesa, e não apenas o hábito de se tomar chá. Uma das primeiras inovações tem a ver com a estranheza que a rainha demonstrou ao ser servida, às refeições em pratos de ouro ou prata. Os alimentos estavam sempre frios e a rainha terá perguntado porque se não usavam pratos de porcelana, algo que na corte portuguesa já se usava há muitos anos. Não sabemos se demorou muito tempo a efectuar-se essa importante mudança na baixela, mas acreditamos, que Carlos II terá mandado substituí-los. A primeira fábrica de porcelana inglesa só foi fundada, em 1743, em Chelsea, e a de Worcester em 1751. 
            A infanta portuguesa também se deslocou para Inglaterra com uma orquestra composta de músicos portugueses, o que era um sintoma de civilidade e cultura. Se não formos nós portugueses a fazer referência a estes pormenores, eles ficam esquecidos na História Universal, normalmente feita por homens e que pouco valor dão aos pormenores que marcam a diferença.

Um dos primeiros navios saídos dos estaleiros ingleses, logo após o casamento, teve o nome da rainha, por escolha do rei. Mais tarde, durante as lutas entre a Holanda e a Inglaterra, Catarina fez questão de oferecer à esquadra de Carlos II, uma fragata, paga por si, com o significativo nome de Saudades. Como vemos isto é uma atitude de uma rainha perfeitamente respeitada e integrada na sociedade inglesa.

            D. Catarina de Bragança tentou impor na corte as saias mais curtas, onde se pudessem ver os seus pés delicados, mas as damas da velha Albion, de pés grandes, não a seguiram. Outra inovação introduzida por Catarina foi a substituição da máscara de passeio em seda negra pelos leques, numa perfeita herança espanhola de sua mãe, D. Luísa de Gusmão. 

            O duque de Iorque, segundo irmão de Carlos II casou, em primeiras núpcias com Ana, filha de Lorde Chanceler. Tendo enviuvado casou com a muito jovem e católica princesa italiana, Maria Beatriz de Modena e passou também ele a professar a religião católica. A corte mostrou-se extremamente fria com a nova princesa, e foi a rainha Catarina quem a recebeu com muito afecto e mandou vir uma companhia de ópera expressamente de Itália, para comemorar o facto e para lhe agradar. Foi esta a primeira vez que uma ópera italiana foi ouvida em Inglaterra.

É curioso notar, que ainda hoje, nas camadas populares de certas regiões da Grã Bretanha se diz «tchá», como em Liverpool.
            A rainha Catarina terá ensinado a preparar o chá e a bebê-lo acompanhado de bolos. E passou a ser preparado em bules de porcelana. Pensa-se que a princesa portuguesa, ou alguma dama da sua comitiva, terá levado para a corte inglesa a receita do doce de laranja, preparado na zona de Vila Viçosa, onde este fruto abunda. A verdade é que o termo «marmalade» é a palavra portuguesa «marmelada», que é confeccionada com marmelo, fruto que não era conhecido em Inglaterra. A «marmalade» inglesa é doce de laranja. A «marmelada» portuguesa entrou em Inglaterra em 1495

         No Novo Mundo, a cidade de Nova Amsterdão, fundada por holandeses, em 1626, foi conquistada pelo duque de Iorque, irmão de Carlos II e passou, em 1664, a denominar-se Nova Iorque. As áreas próximas da cidade passaram a King’s Country e Queens Country. (Nova Iorque só passou definitivamente para a posse de Inglaterra, em 1674). 

            Em 1998 esteve programada a inauguração, em Queens de uma estátua monumental à rainha Catarina. A iniciativa da construção da uma estátua partiu da associação Friends of Queen Catherina e contou com o apoio de várias entidades portuguesas, públicas e privadas. Previa-se uma festa com pompa e circunstância, o que não aconteceu, porque houve movimentos cívicos norte-americanos que se opuseram, alegando que a rainha D. Catarina de Bragança fora «a responsável» pela introdução de mão-de-obra negra, ida de África, nas então colónias inglesas. Enfim, nada como pôr as culpas aos mais fracos. Que puder tinha D. Catarina para tal? Essa decisão coube ao rei e aos seus conselheiros. 

            Normalmente o cidadão comum não sabe exactamente o que é um anacronismo, isto é não sabe que se não pode ver uma época com a mentalidade que se tem no presente. A escravatura era algo, que era aceite na época, passe tudo o que isso hoje nos possa repugnar. Daí que D. Catarina ficou com a estátua arrumada num armazém. E não se fala de nada porque não é politicamente correcto.
Todavia, sua popularidade nos Estados Unidos da América era bastante elevada. Acarinhada pela população local, em sua homenagem foi dado o nome de Queens a um dos cinco bairros da cidade de Nova York.



terça-feira, 5 de novembro de 2013

-"As fantasias acerca da Gallécia do Sul"



Tem-se verificado, em certas páginas do Facebook, algumas declarações por parte de galegos, com o apoio de alguns portugueses, que não hesitam em usar frases tais como: “Portugal é a Gallécia do sul”, “Portugal foi feito por galegos”, “o galaico-português não existe, é galego”, “ e mais idênticas fantasias.
Embora seja difícil acabar com estas manifestações “patrioteiras” espero que os textos e mapas que se seguem façam com que os que os lêem reflitam sobre a falta de rigor daquilo que afirmam e que sejam mais cuidadosos no futuro.


Historicamente é ridículo exaltar o episódico reino suevo esquecendo que, anteriormente, já havia povos na Península com os os seus costumes e com a sua língua. Além de que, os visigodos absorveram os suevos e todos os outros povos, impondo a sua lei que só a eles reconhecia a nobreza e regalia de usar arma e de guerrear.
Portanto, será bom que se perceba que a reconquista foi feita, a partir de Covadonga, comandada pela nobreza visigoda.

Suevos, Visigodos e Mouros
Os vestígios visigóticos em Portugal e no resto da península incluem várias igrejas e descobertas arqueológicas crescentes, mas destaca-se também a notável quantidade de nomes próprios e apelidos que deixaram nestas e noutras línguas românicas. Os visigodos foram o único povo a fundar cidades na Europa ocidental após a queda do Império Romano e antes do pontuar dos carolíngios. Contudo o maior legado dos visigodos foi o direito visigótico, com o Liber iudiciorum, código legal que formou a base da legislação usada na generalidade da Ibéria cristã medieval durante séculos após o seu reinado, até ao século XV, já no fim da Idade Média.




Até conquistar o domínio sobre toda a península ibérica, os visigodos enfrentaram suevos, alanos e vândalos, grupos de guerreiros germânicos que haviam ocupado a região desde antes de sua chegada. A unidade do reino teria sido completa já durante o reinado de Leovigildo.

Além disso, durante o século VIII, os árabes dominaram toda a península ibérica a não ser as Astúrias. Esse fato foi fatal para os muçulmanos, uma vez que a Cruzada da Reconquista foi feita por cristãos da região.

Mapa das Astúrias
Com a reconquista dos territórios pelos cristãos, descendentes dos godos, que se refugiaram na região das Astúrias, no norte da península, o nome al-Andalus foi-se adequando ao cada vez menor território sob ocupação árabe-muçulmana,


Território muçulmanos no ano 1000


A Península Ibérica em 1210

domingo, 27 de outubro de 2013

-" A estação de São Bento, no Porto "

Autoria de Gracinda Santos

É a estação ferroviária do centro da cidade do Porto. Foi instalada em finais do séc.XIX, num magnífico edifício construido em terrenos do antigo Mosteiro de São Bento de Avé-Maria, construção do séc. XVI destruída por um incêndio.


O edifício é célebre pelos painéis de azulejos no seu vestíbulo, com temas da história de Portugal, que cobrem uma área de 551 metros quadrados, da autoria do mais popular azulejador da época, Jorge Colaço.


Em Agosto de 2011, foi eleita pela revista Travel + Leisure como uma das mais belas estações do mundo






terça-feira, 22 de outubro de 2013

-COMENTÁRIOS a "O Brasil nunca pertenceu aos índios"

Devido à quantidade ( 45 ) e à qualidade dos comentários feitos no "Facebook" ao artigo " O Brasil nunca pertenceu aos índios", foi decidido publicar nesta página os mais significativos. 


Maria José DS Leite
 Simplesmente maravilhoso este artigo que vem de encontro ao que sempre pensei. Inveja, intenções venenosas há séculos tentam denegrir a imagem dos feitos heróicos dos portugueses, quase querendo transformar meu povo em bandidos e salteadores, houve sim bandidos, houve sim salteadores dos mares e terras, no entanto não foi este povo luso, não foi não! E a esta senhora brasileira saúdo pela sua coragem, frontalidade e conhecer. Vou partilhar!
 
Maria José DS Leite António,António o que eu disse acima sobre o povo lusitano ter sido invadido, roubado e dominado por vários povos, é real e explica tudo, isso só nos enriqueceu como povo e nunca nos andamos a queixar de tal, e certamente não vão acreditar que quando fomos invadidos, nos deram ramos de rosas e convidaram o povo luso para um banquete!!! É antigo falarem dos portugueses, e dos ingleses? dos holandeses? franceses? dos alemães? dos árabes? dos romanos? dos chineses? enfim é melhor eu parar, não vou alimentar esta polémica.-Lá diz o ditado só se atira pedras a árvores de bons frutos e não a árvore de frutos podres! E fazendo uma pesquisa pelo Mundo fora, sobre a passagem dos portugueses e sua presença através dos séculos aos povos de origem sem manipulações, sem politiquices , vão mesmo ficar admirados sobre o que esses povos pensam dos portugueses! Malaca, Portugal saiu de lá há 500 anos e ainda hoje cantam fado, têm folclore português , e andam preocupados que possa terminar o ensino da língua portuguesa. Falem com os verdadeiros naturais da Índia portuguesa e vão descobrir o que eles sentem e pensam e por aí fora. Porque julgam o que não viveram? teoria, teoria, teoria cansa de verdade!

Maria José DS Leite
 Em muitos , muitos locais foram os chefes locais a convidar o rei português a dar protecção a esses povos , a ficarem no local como e ser o território português , enquanto não fosse dada a independência esse foi o caso de Cabinda que os governantes do 25 de Abril não respeitaram o acordo, e outros casos idênticos na Índia, também em África. Eramos um povo de acção, respeitado e onde passávamos desenvolvíamos , muito foi favorecida a fauna, flora, as trocas comerciais no Mundo, muito se ajudou, desenvolveu, criou, só que isso não interessa falar a muitos, que politizados, instrumentalizados falam destrutivamente, sabe-se lá com que fins, ou com que vidas pessoais com uma negatividade imparável.

Antonio Antonio
 eu sò sei que vcs sao muito amaveis... isso è o passado... eu amo a lingua portuguesa. se nao fosse por voceis .. a lingua nao existiria.. ou nao seria tao falada  eu perguntei pq eu queria saber sua opinaio eu nao tao zangado ..  e espero que vc nao esteja zangada... è um tema polemico .. sem duvida..
Maria José DS Leite
 António António, desculpe, não ter deixado claro , respondi assim mais para os primeiros comentários que falam de meu povo matar roubar....foi mais para esses António, para a troca de opiniões estou sempre pronta, para acusações a meu povo, erros quem não os comete? EXSITEM POVOS E GOVERNOS PERFEITOS? digam-me por favor aonde fica isso neste planeta! O importante é o balanço final, já estou cansada, de teorias tendenciosas, e nem vou perder tempo com isso. O passado, e o presente, fala por nós, nada temos que provar ao Mundo, pois nestes mais de 900 anos já provamos o suficiente e esse passado, continua a reflectir-se no presente, pois cada vez mais existem pessoas a querer falar português, a língua está cada vez mais em expansão, uma boa parte do Mundo fala português, e é com felicidade que digo que nessa boa parte que fala português, corre sangue luso nas veias desses povos, e nas veias de milhões de portugueses corre o sangue desses povos por onde passamos, e isso já mais ninguém apaga, fomos dos poucos povos, que aonde chegávamos nos misturávamo-nos com os locais, por isso a alma portuguesa sempre vai sentir esses povos como irmãos, e eles o mesmo com os portugueses, se há coisa que meu povo sabe bem manter são os laços de sangue e os afectos! Essa para mim é a melhor conquista, a conquista dos corações, das misturas de raças, do quebrar fronteiras e barreiras! Muito ainda tem Portugal a fazer, disso nem duvido, e muitos povos sabem disso, por isso tanta aflição em instrumentalizar e manipular mentes, isso aflige muitos de verdade, porque no passado muitos povos queriam estar no nosso lugar e no presente tentam desesperadamente criar o maior império de escravidão, o do poder económico a dominar, e em nome da globalização, escravizam,exploram, e vemos países e governantes a ficarem riquíssimos, explorando e empobrecendo cada vez mais povos a quem foi dada a independência e estão a ser mais explorados do que nunca e morrendo muitos de fome, é esta a democracia que vigora no Mundo actual, tão hipócrita, tão mentirosa, perigosa e manipuladora, a criticar um passado onde muito se construiu, e vive no presente a matar milhões com a ganancia e cobiça sem limites,falam mal e com certa injustiça, do passado para nos taparem os olhos do escândalo vergonhoso do presente? é isto que nunca vou aceitar, usar a falsidade com capa de democracia e deixar milhões e milhões de crianças a morrer de fome, onde antes não morriam, onde jorra o petróleo, diamantes e morrem milhões de fome, disto ninguém fala mesmo e é presente, bem presente!

Carlos Jorge Mota
 Meus caros: Os portugueses, aquando a Epopeia Marítima, NUNCA hostilizaram os povos com os quais se enquadraram. Pelo contrário, eram bem recebidos e reciprocamente agradeciam e compensavam essas benesses. Havia instruções rigorosas do Rei nesses sentido. Inclusive NUNCA escravizaram ninguém, mas, se fossem capturados por adversários tenebrosos com quem se cruzavam e cujos interesses eram disputados, poderiam ficar escravizados, Digo que nunca escravizaram ninguém porque já compravam escravos nessa condição - de escravos - e quem os comercializava eram árabes e até os próprios negros africanos detentores de monopólios esclavagistas. Era o contexto da época. A China entregou Macau a Portugal como recompensa da limpeza de corsários que a Armada Portuguesa fez no Mar da China e no Mar Amarelo, que tanto importunavam os chineses. No Brasil, os próprios índios, indígenas portanto, auxiliaram os portugueses na expulsão dos franceses e dos holandeses (Jerónimo Albuquerque - o Mameluco -, filho de índia de Arco Verde (Pernambuco), destacou-se na campanha do Maranhão; na Batalha dos Guararapes, que acabou na expulsão dos holandeses de Pernambuco, as tropas continham mais índios do lado português que propriamente portugueses idos de Portugal ou até já  nascidos no Brasil). Os cabindas (habitantes do denominado enclave de Cabinda) pediram a Portugal, através de vários tratados que assinaram, o mais conhecido dos quais é o de Simulambuco, a sua proteção face aos ataques permanentes dos franceses contra os seus interesses. Pelos séculos afora o comportamento do Português nunca teve nada a ver com o de outros países colonizadores, nomeadamente das denominadas Espanhas (Castela à cabeça), pois o cidadão português comporta no seu ADN genes apaziguadores e de bom inter-relacionamento, só comparável ao Galego (cujo povo tem a mesma origem). Os descobridores e colonizadores portugueses nenhuma semelhança de atuação tiveram com os chamados espanhóis, nomeadamente Francisco Pizarro. Os portugueses não destruíram culturas, pelo contrário, assimilaram-nas, daí o aparecimento dos vários crioulos e tipos musicais que são autênticas miscelâneas culturais. Há um ditado que diz: "Deus fez o Homem, o Português fez o Mulato". Que outro povo se miscigenou como o Português? Estive em missão de soberania em África, sou, portanto, muito sensível a este tipo de acusações, porque faço uma retrospetiva no tempo e penso nos que me antecederam nessas e noutras paragens. Nunca tivemos comportamentos reprováveis. Poderá ter acontecido qualquer situação anómala isolada, mas nunca a regra, e a serem conhecidas essas situações seriam de imediato punidas. Para finalizar e para que não subsistam dúvidas, deixo aqui plasmado o Lema do Meu Batalhão: CONQUISTANDO OS CORAÇÕES SE VENCE A LUTA

Carlos Jorge Mota
 Há ONG's no Brasil assumidas como defensoras dos Índios, coitadinhos, que são financiadas exclusivamente com capitais estrangeiros e cuja finalidade não será mais do que tentar criar uma denominada Nação Índia para, posteriormente, em sede das Nações Unidas, reivindicarem a sua separação do Brasil. Não será por acaso que atuam só em zonas sobejamente conhecidas como possuidoras no seu solo e subsolo de riquezas imensas, algumas das quais únicas no mundo. A Amazónia está enxameada dessas instituições. Já desmascarei aqui no Porto uma senhora que se assumia como índia - era tão índia como eu - e que andava em peregrinação com altifalantes gritando sobre os coitadinhos. Não era índia e mentiu inclusive sobre o local onde disse que nasceu.

  • Milton Madeira Realmente temos que ter muito cuidado com as ONGs mas também com alguns governos que querem se apoderar da Amazônia! Mas o Governo do Brasil está mais atento, e mais armado tecnologicamente para detectar, por exemplo, campos de pouso clandestinos. O Brasil é nosso e é luso também, e ninguém tasca!

    Os restantes comentários podem ser lidos no facebook na página da
    Associação Por Ti Língua Portuguesa - Portugal

domingo, 20 de outubro de 2013

- "O Brasil nunca pertenceu aos índios"

Agora que parece estarmos perante uma nova investida dos “amigos da Amazónia” creio ser pertinente recordar este artigo. De vez em quando, é bom recordar ! ...

ANorton
                                

Nota: este artigo foi escrito aquando das comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil ;

Autora: Sandra Martins Cavalcanti de Albuquerque (Belém, 30 agosto de 1927) é uma política brasileira.

Quem quiser se escandalizar, que se escandalize. Quero proclamar, do fundo da alma, que sinto muito orgulho de ser brasileira. Não posso aceitar a tese de que nada tenho a comemorar nestes quinhentos anos. Não agüento mais a impostura dessas suspeitíssimas ONGs estrangeiras, dessa ala atrasada da CNBB e dessas derrotadas lideranças nacional-socialista s que estão fazendo surgir no Brasil um inédito sentimento de preconceito racial.
Para começo de conversa, o mundo, naquela manhã de 22 de abril de 1500, era completamente outro. Quando a poderosa esquadra do almirante português ancorou naquele imenso território, encontrou silvícolas em plena idade da pedra lascada. Nenhum deles tinha noção de nação ou país. Não existia o Brasil.
Os atuais compêndios de história do Brasil informam, sem muita base, que a população indígena andava por volta de cinco milhões. No correr dos anos seguintes, segundo os documentos que foram conservados, foram identificadas mais de duzentos e cinqüenta tribos diferentes. Falando mais de 190 línguas diferentes. Não eram dialetos de uma mesma língua. Eram idiomas próprios, que impediam as tribos de se entenderem entre si. Portanto, Cabral não conquistou um país. Cabral não invadiu uma nação. Cabral apenas descobriu um pedaço novo do planeta Terra e, em nome do rei, dele tomou posse.
O vocabulário dos atuais compêndios não usa a palavra tribo. Eles adotam a denominação implantada por dezenas de ONGs que se espalham pela Amazônia, sustentadas misteriosamente por países europeus. Só se fala em nações indígenas.Existe uma intenção solerte e venenosas por trás disso. Segundo alguns integrantes dessas ONGs, ligados à ONU, essas nações deveriam ter assento nas assembléias mundiais, de forma independente. Dá para entender, não? É o olho na nossa Amazônia. Se o Brasil aceitar a idéia de que, dentro dele, existem outras nações, lá se foi a nossa unidade.
Nos debates da Constituinte de 88, eles bem que tentaram, de forma ardilosa, fazer a troca das palavras. Mas ninguém estava dormindo de touca e a Carta Magna ficou com a palavra tribo. Nação, só a brasileira.
De repente, os festejos dos 500 anos do Descobrimento viraram um pedido de desculpas aos índios. Viraram um ato de guerra. Viraram a invasão de um país. Viraram a conquista de uma nação. Viraram a perda de uma grande civilização.
De repente, somos todos levados a ficar constrangidos. Coitadinhos dos índios! Que maldade! Que absurdo, esse negócio de sair pelos mares, descobrindo novas terras e novas gentes. Pela visão da CNBB, da CUT, do MST, dos nacional-socialista s e das ONGs européias, naquela tarde radiosa de abril teve início uma verdadeira catástrofe.
Um grupo de brancos teve a audácia de atravessar os mares e se instalar por aqui.
Teve e audácia de acreditar que irradiava a fé cristã.
Teve a audácia de querer ensinar a plantar e a colher.Teve a audácia de ensinar que não se deve fazer churrasco dos seus semelhantes.
Teve a audácia de garantir a vida de aleijados e idosos.
Teve a audácia de ensinar a cantar e a escrever.Teve a audácia de pregar a paz e a bondade. Teve a audácia de evangelizar.
Mais tarde, vieram os negros. Depois, levas e levas de europeus e orientais. Graças a eles somos hoje uma nação grande, livre, alegre, aberta para o mundo, paraíso da mestiçagem. Ninguém, em nosso país pode sofrer discriminação por motivo de raça ou credo.
Portanto, vamos parar com essa paranóia de discriminar em favor dos índios. Para o Brasil, o índio é tão brasileiro quanto o negro, o mulato, o branco e o amarelo. Nas nossas veias correm todos esses sangues. Não somos uma nação indígena. Somos a nação brasileira.
Não sinto qualquer obrigação de pedir desculpas aos índios, nas festas do Descobrimento.

Muitos índios hoje andam de avião, usam óculos, são donos de sesmarias, possuem estações de rádio e TV e até COBRAM pedágio para estradas que passam em suas magníficas reservas. De bigode e celular na mão, eles negociam madeira no exterior. Esses índios são cidadãos brasileiros, nem melhores nem piores. Uns são pobres. Outros são ricos. Todos têm, como nós, os mesmos direitos e deveres. Se começarem a querer ter mais direitos do que deveres, isso tem que acabar.O Brasil é nosso. Não é dos índios. Nunca foi.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

"Como Portugal se tornou a primeira potência marítima global "

Quando o surfista McNamara ”conquistou” uma onda de 30 metros perto da Nazaré, houve certamente quem se recordasse que era a mesma localidade onde Vasco da Gama esteve a rezar antes e depois da sua viagem bem sucedida para encontrar uma rota marítima para a Índia. A viagem de Gama é um dos episódios mais notáveis da extraordinária conquista do mar pelos portugueses, que tornou Portugal na primeira potência marítima global. No dia em que se celebrou Colombo, nos EUA, a CBSNews recorda a Era dos Descobrimentos, de Gama, Dias, Cabral, Magalhães, Infante D. Henrique, e mostra como o que aconteceu nos anos 1400 e 1500, é, sobretudo, uma história sobre inovação.

(segue-se vídeo)




Fonte: CBS News

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

-" A nacionalidade dos goeses "

Os Goeses são indianos ou portugueses?
Num interessante atigo publicado no jornal diário Goês Herald, o advogado goês Radharao F. Gracias discute em que circunstâncias os goeses podem ser considerados cidadãos indianos ou portugueses.
Goa é um caso único, afirma Gracias, onde os que nasceram antes de 19 Dezembro de 1961 e seus descendentes são eligíveis para a cidadania portuguesa. Em vista das circunstâncias especiais como Goa tornou-se parte de Índia, a lei indiana Citizenship Order 1962 deve ser emendada para permitir aos goeses beneficiarem da Lei da Nacionalidade Portuguesa simultaneamente com os benefícios do artigo 5 da Constituição da Índia, conclui Gracias.

Published in the Goan daily Herald,  20.1.2013