Países dos leitores

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domingo, 29 de agosto de 2010

-" A força dos emigrantes na política "

Nesta altura do ano em que muitos emigrantes e seus descendentes vêm passar férias a Portugal e por estarmos nas proximidades duma eleição presidencial, julgo que será interessante recordarmos a quantidade de portugueses espalhados pelos cinco continentes.
Será bom aproveitarmos a ocasião para refeletirmos sobre o valor dos votos dos emigrantes e sobre a sua ausência.


EUROPA
França 553.663 ; Reino Unido 180.000 ;
Suiça 156.542 ; Alemanha 133.700 ;
Espanha 80.530 ; Luxemburgo 62.020 ;
Bélgica 38.000 ; Holanda 9.220 ;
Andorra 9.000 ; Itália 5.741 ;
Suécia 1.800 .

AMÉRICA DO NORTE
Eua e Canada 1.153.351
(a quase totalidade nos Eua).

AMÉRICA DO SUL
Brasil 700.000; Venezuela 400.000 ; Argentina 16.000; Uruguai 1.200.

ÁFRICA
África do Sul 300.000 ; Angola 20.000 ; Moçambique 13.299
Zimbabwe 2.500.

ÁSIA
Macau e Hong Kong 160.700 ; Índia 2.300.

OCEANIA
Austrália 31.500


Totais arredondados

Europa : 1 milhão e 230 mil ;
América do Norte : 1 milhão e 153 mil ;
América do Sul : 1 milhão e 117 mil ;
África: 335 mil ;
Ásia : 163 mil ;
Oceania : 31 mil .

Chegamos à conclusão que a quantidade de portugueses espalhados pelo Mundo excede os 4 milhões. Uma quantidade de votos muito interessante!...

(Fonte: última hora-jornal “O Público “)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

-" Iberismo ou Ilusismo ?..."

Gibraltar e Olivença, vidas paralelas.

No ano de 1704, as tropas inglesas (aliança austríaca) que participaram na guerra civil espanhola, conhecida como de "sucesión", ocuparam Gibraltar. Foram 15 anos de guerra civil que originaram redução do PIB espanhol e diminuição da capacidade produtiva em cerca de 25%.
A guerra continuou até 1715, apesar de em 1713 se ter celebrado o Tratado de Utrecht, no qual Espanha cedeu ao ingleses, entre outras coisas, Gibraltar a título perpétuo.

Portugal envolveu-se, também, nesta guerra com tropas e dinheiros em apoio do pretendente Bourbon (Filipe de Anjou, apoiado pelo seu avó Luis XIV). Portugal celebrou com os Bourbon um pacto secreto, através do qual, em caso de vitória, teria as seguintes compensações : o território que corresponde ao triângulo que na zona do Tejo se introduz em Portugal (zona toda de cultura lusófona na altura) e outras zonas de fronteira historicamente vinculadas a Portugal (lugares de língua portuguesa) e mais alguns lugares fronteiriços na Galiza.
Ganha a guerra, os Bourbon, num estilo muito castelhano de cumprir pactos quando não teem intenção de cumprir, fizeram tábua rasa do tratado.

Vejamos o que aconteceu a Gibraltar.
Gibraltar passou a pertencer à Inglaterra. Os moradores de Gibraltar são conhecidos pela alcunha de “lhanitos” que continuam a usar e que é comum à dos habitantes de Puerto de Santa Maria, do outro lado da fronteira.
A Inglaterra, respeita em Gibraltar os títulos e méritos espanhois. Garante o culto católico nas igrejas e em Castelhano.... etc. etc….. e em mais de 300 anos de ocupação não há nenhum decreto, norma, ordem ou portaria, que proíba o uso da língua castelhana ou o seu ensino ou que lhe coloque alguma limitação. Isso, apesar de longos períodos de isolamento do resto peninsular, imposto pelos espanhois, o que deu lugar a repovoação com imigrantes extra-peninsulares.
Hoje em Gibraltar todo o mundo fala Inglês, mas praticamente todo o mundo “lhanito” fala em andaluz (variante dialectal espanhola muito distinta da norma padrão castelhana).
Quando o primeiro ministro do “Rochedo” fala para qualquer meio espanhol ou tv, fá-lo numa língua que para os restantes espanhóis é indistinguível da dos moradores do Puerto de Santa Maria.

Vejamos agora, por comparação, o que aconteceu com Olivença.
Olivença é logo ocupada na chamada “Guerra das Laranjas” em 1801. Em 1803 assina-se um tratado sob forte coação, onde Portugal se vê obrigado a ceder Olivença a Espanha. Porém, na Convenção de Viena, após a tempestade napoleónica, essa cedência é anulada e Espanha assina novo tratado no qual se compromete a devolver Olivença a Portugal.
Segundo o modelo espanhol e a sua habitual seriedade, esse tratado não foi e continua a não ser cumprido.
As agressões são constantes:
- A 20 de Fevereiro de 1805, foi decidido suprimir toda e qualquer escola portuguesa de Olivença, bem como o ensino do Português. (Olivença quando da sua ocupação, era a Vila mais populosa da actual Estremadura espanhola superando por ex. a vizinha Badajoz)
- A 14 de Agosto de 1805, as actas da Câmara Municipal passaram a ser escritas obrigatoriamente em Castelhano, o que fez uma vítima: Vicente Vieira Valério. Este, negando-se a escrever na Língua de Cervantes, teve de ceder o lugar a outro. E acabou por morrer à mingua de recursos, personificando um drama cujo desenvolvimento foi frequente para muitos oliventinos.
- As Escolas privadas continuaram a ministrar ensino em Português, até que são fechadas a 19 de Maio de 1813, com o propósito (oficial) "de evitar qualquer sentimento patriótico lusitano".
-Mas, porque eram muitos os oliventinos que queriam que os seus filhos fossem educados na língua materna, continuaram a existir professores particulares para o fazer. O "Ayuntamiento" não hesitou, e proibiram-se "as aulas particulares, sob pena de multa de 20 Ducados", em 1820.
- Em 1840, trinta e nove anos após a ocupação espanhola, o Português foi proíbido em Olivença; inclusivamente, os padres foram proíbidos de usarem, nas igrejas, o português.
- A partir de 1853 estabeleceram-se coimas para quem fosse apanhado na rua falando Português.

Política racista e de desprezo, de humilhação e de segregação, face aos falantes de Português. As autoridades castelhanas chegaram ao ponto de conseguir que a designação “português” fosse sinónimo de desprezo e insulto.

Ninguém espere que os presidentes das Càmaras de Olivença ou de Talega, ao falarem para qualquer meio de comunicação português, sigam o exemplo do seu colega de Gibraltar. Não vão usar a língua de Camões, porque nem a conhecem!...

Eis um bom exemplo para gritarmos "Viva o iberismo"!...
( ou ilusismo ?...),

(Adaptação duma ideia do nosso companheiro Alexandre Banhos, da Galiza.)

Nota:
hoje as coisas estão bastante melhor, graças à ação do Grupo dos Amigos de Olivença que pugnam para que Olivença faça parte da Lusofonia. No entanto, a História é uma grande professora que não podemos esquecer, tanto mais que, factos recentes não deixam que a esqueçamos ! ...

domingo, 22 de agosto de 2010

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

-" Dilma Rouseff faz comício na Casa de Portugal ?..."

Foram-me enviadas as seguintes mensagens que, de acordo com a isenção partidária que nortea este blogue, passo a divulgar.

Olá Amigas(os) do PortugalClub !
Já encaminhei uma solicitação de esclarecimentos ao sr. presidente da Casa de Portugal de São Paulo sobre a cedência do salão de festas da Casa de Portugal para a candidata Dilma Roussef ferindo assim uma norma estatutária sempre bem zelada durante os quase 75 anos de existencia da Casa de Portugal que prevê e obriga a isenção político-partidária dessa Associação luso-brasileira que tanto orgulha portugueses, brasileiros, luso-descendentes e Amigos de Portugal.

Assim tem sido ao longo desses anos em que candidatos de lá e de cá tem sido recebidos com fildalguia pela Diretoria da Casa nos seus habituais Almoços da Quintas. Jamais a Casa lhes concedeu um espaço para discursos eleitorais e/ou eleitoreiros, e muito menos lhes cederam o salão da Casa de Portugal para comícios.

Abriu-se um precedente perigoso com a presença de Dilma Roussef na Casa de Portugal. Segundo informações o salão teria sido alugado para a CUT, sendo do desconhecimento da Diretoria da Casa de Portugal que a candidata Dilma Roussef estivesse presente.

Estou completamente em desacordo com esse precedente e aguardando o pronunciamento do sr. Presidente da Casa, dr. Julio Rodrigues, pessoa a quem prezo pela seriedade com que dirige a Casa de Portugal.
Abraço
Eulalia Moreno - Sao Paulo- Brasil

Casa de Portugal apóia Dilma Rousseff?
No dia de ontem, dia 17 de agosto, como foi noticiado pelos órgãos de Comunicação Social brasileiros, a candidata a presidência do Brasil pelo Partido dos Trabalhadores(PT) , Dilma Rousseff, participou de um evento no salão de festas da Casa de Portugal de São Paulo, evento esse que teria sido agendado por algumas Centrais Sindicais .
O local que recentemente foi palco da grande confraternização luso-brasileira quando da Copa do Mundo que aconteceu na África do Sul, foi tomado por apoiantes da candidata com gritos de ordem e ataques aos demais candidatos, conforme amplamente noticiado. Ou seja, o salão de festas da Casa de Portugal transformou-se numa arena de confrontos políticos e manifestações sindicais.
Nos seus 75 anos de idade a Casa de Portugal nunca serviu ou deixou servir-se por políticos, candidatos de cá ou d´além mar . Concedeu-lhes apenas o privilégio de serem recebidos com fidalguia nos costumeiros Almoços das Quintas Feiras quando até lhes era permitido falar dos seus programas e propostas para um limitado número de presentes. Recordo-me nos idos anos ,do dr. Mario Soares e do professor Freitas do Amaral distribuindo o seu material de propaganda do lado de fora da Casa de Portugal quando o Consulado Geral de Portugal em São Paulo ainda ali funcionava.
Isso para dizer que a Casa de Portugal por todos considerada como a Mãe das Associações Luso-Brasileiras sempre procedeu de forma supra-partidária não apenas por isso estar previsto nos Estatutos mas por uma questão ética que sempre a regeu, e acredito, continua a reger.
O precedente de Dilma Rousseff é perigoso na medida em que alguns inadvertidamente até podem considerar ser a candidata do PT a candidata da Comunidade Portuguesa de São Paulo. Para dirimir dúvidas, solicitei ao sr. Presidente da Casa de Portugal explicações para o ocorrido. É inadmissível que candidatos a cargos políticos pretendam fazer da Casa de Portugal palco privilegiado para as suas campanhas. Sejam eles de qual partido forem. Eulália Moreno
Ola Amigas(os) do PortugalClub
Se alguém não sabia que o salão da Casa de Portugal supostamente alugado para a CUT serviria para um evento político da candidatura Dilma Roussef e demais candidatos do partido dos Trabalhadores(PT) é porque não acessou a agenda do próprio partido, tornada pública com mais de uma semana de antecedência. Ou seja, os militantes do PT sabiam que na Casa de Portugal haveria um ato político com a presença de Dilma Roussef.

A Diretoria da Casa de Portugal talvez não tenha sabido e assim, atropelando, inadvertidamente, os Estatutos da Casa permitiu um ato político nas suas instalações. Necessário que a Diretoria da Casa de Portugal faça um comunicado público manifestando a sua isenção político-partidária para que a Associação não seja considerada simpatizante da candidata Dilma Rousseff ou de qualquer outra candidatura.

Com a palavra a Diretoria da Casa de Portugal. Eu, como sócia, aguardo e antecipadamente agradeço

Eulalia Moreno - São Paulo- Brasil


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

-" Portugal em vias de extinção ? "

Na véspera do 10 de Junho, Dia de Portugal e das Comunidades, o INE fez saber que, em 2009, nasceram, pela primeira vez, menos de 100.000 bebés, novo mínimo absoluto de natalidade! Perante este facto ...
- fácil é perceber-se porque estão (e vão continuar!) escolas a fechar !
- fácil é perceber-se que Portugal está em vias de extinção!
- fácil é perceber-se que, num país moribundo, a última coisa de que se necessita são obras megalómanas, não só porque não irá haver população para as usar, como irá consumir indispensáveis recursos e agravar a doença em vez de a tratar.
Daí, a nossa pergunta de sempre:
quando é que Governo e Parlamento, com a cumplicidade do Tribunal Constitucional e Presidente da República, abandonam de vez a fortíssima política anti-natalista e anti-família que têm posto em prática nos últimos cinco anos, em reforço do disparate das últimas décadas, e adoptam medidas precisamente opostas, exactamente as mesmas que têm sido adoptadas, com sucesso, na defesa das espécies em vias de extinção.

APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas


domingo, 8 de agosto de 2010

-" Parcerias de investimento em África "

"A nova fronteira para o Japão e Portugal"
(seguindo o exemplo do Brasil)

SÃO JOSÉ ALMEIDA e ANA RITA FARIA
Akira Miwa, embaixador extraordinário plenipotenciário do Japão em Portugal, explica como os investidores portugueses podem ser parceiros dos japoneses em Angola e Moçambique
Assinalam-se hoje os 150 anos sobre a assinatura do Tratado de Paz, Amizade e Comércio entre Portugal e o Japão, uma potência mundial onde os portugueses foram os primeiros europeus a chegar. Uma relação que o embaixador em Lisboa, Akira Miwa, destaca e apresenta como um privilégio de relacionamento que torna Portugal mais interessante como porta de entrada para a Europa e em África.

Como podem ser melhoradas as relações Portugal-Japão?

Como se sabe, a assinatura do tratado é de há 150 anos, mas o relacionamento entre os dois países é mais longo. Havia contactos desde o século XVI, o ano exacto é 1543, quando os primeiros portugueses chegaram a território japonês. É a chegada dos europeus. Visto do Japão, este é o primeiro contacto do Japão com um país europeu. E trouxe um impacto muito grande sobre a cultura e a sociedade japonesa. O que é mais impressionante sobre o relacionamento nesse século foi a intensidade com que houve intercâmbio entre as duas culturas. Impressionante. O livro de Luís Fróis sobre a sua estada no Japão que durou mais ou menos 30 anos na segunda metade do século XVI é impressionante. É tão detalhado. Para conhecer a história e a vivência do Japão na segunda metade do século XVI não há nada escrito por japoneses tão detalhado e tão rico sobre a nossa história.

( Ler o artigo completo em http://rosadosventos2.blogspot.com/ )

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

- " O Plano para Salvar Portugal da Crise "

Passo 1:
Trocamos o “off-shore” da Madeira e a base das Lages, nos Açores, pela Galiza, mas os espanhóis têm que levar todos os nossos políticos.

Passo 2:
Os galegos são boa onda, não dão chatices e ainda ficamos com o dinheiro gerado pela Zara (é só a 3.ª maior empresa de vestuário). A indústria têxtil portuguesa é revitalizada. Espanha fica encurralada entre os Bascos e os políticos portugueses.

Passo 3:
Desesperados, os espanhóis tentam devolver os políticos portugueses . A malta não aceita.

Passo 4:
Oferecem também o País Basco. A malta mantém-se firme e não aceita.

Passo 5:

A Catalunha aproveita a confusão para pedir a independência. Cada vez mais desesperados, os espanhóis devolvem-nos, com muita pena, o “off-shore” da Madeira e a base das Lages e dão-nos, ainda, o País Basco e a Catalunha. A contrapartida é termos que aceitar de volta os políticos portugueses.
A malta arma-se em difícil mas aceita.

Passo 6:

Damos a independência ao País Basco, que já a merece há muito tempo. A contrapartida é eles ficarem com os políticos portugueses. A malta da Eta pensa que pode bem com eles e aceita sem hesitar. Sem políticos desta craveira, Portugal torna-se um paraíso e as relações com a Catalunha e a Galiza não causam problemas.

Passo 7:
Afinal a Eta não aguenta os políticos portugueses, e o País Basco pede para se tornar território português. A malta faz-se difícil mas aceita (apesar de estarem lá os portugueses).

Passo 8:
Fazemos um acordo com o Brasil. Eles enviam-nos o lixo e nós mandamos-lhes os nossos políticos. ( Esta é que eu não percebi: para mim, lixo é lixo ! …)

Passo 9:
O Brasil, desesperado com os seus polìticos, pede para voltar a ser colónia portuguesa. A malta aceita e manda os políticos dos dois países para os Farilhões das Berlengas ( ilhas ao largo da costa portuguesa que são, apropriadamente, uma reserva natural) apesar das gaivotas perderem as penas e as andorinhas do mar deixarem de pôr ovos.

Passo 10:
Com os jogadores brasileiros mais os portugueses, Portugal torna-se campeão do mundo de futebol!

Passo 11:
Os espanhóis ficam tão desmoralizados, que nem oferecem resistência quando os mandamos para Marrocos.

Passo 12
:
Unificamos finalmente a Península Ibérica sob a bandeira portuguesa.
( Uma excelente forma de virar o feitiço contra o feiticeiro ).

Passo 13:

A dimensão extraordinária adquirida que une a Península e o Brasil, torna-nos verdadeiros senhores do Atlântico. Colocamos portagens no mar, principalmente para os barcos americanos, que são sujeitos a uma sobretaxa tão elevada que nem o preço do petróleo os salva.

Passo 14:

Economicamente asfixiados eles tentam aterrorizar-nos com o Bin Laden, mas a malta ameaça enviar-lhes os nossos políticos e eles rendem-se incondicionalmente.

Está ultrapassada a crise!

( Adaptação de um mail que circula na internet de autor desconhecido mas com muito humor )


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

-" Televisão Lusófona "

Governos português e brasileiro querem criar canal de televisão lusófono

O canal será aberto às empresas de comunicação públicas dos países de língua portuguesa.

A criação de um canal de televisão lusófono para a difusão internacional de produtos audiovisuais em língua portuguesa é um dos objectivos dos governos português e brasileiro. O desenvolvimento deste projecto implica a criação de uma equipa de trabalho composta por membros da RTP e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que assinaram ontem um protocolo de cooperação.
A equipa é aberta às empresas de comunicação social públicas dos outros membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Tudo para valorizar a língua portuguesa, que é falada por 250 milhões de pessoas em todo o mundo, sublinhou o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão.
O canal será gerido em parceria entre os dois países. Para tal foi assinado ontem em Lisboa um acordo entre o gabinete do Ministro dos Assuntos Parlamentares português e a secretaria de Comunicação Social do Brasil.
Queremos criar um canal de televisão que marque de forma significativa o espaço da língua portuguesa entre as instituições de serviço público, em convergência de propósitos entre os dois governosâ, afirmou Jorge Lacão. Por tudo isto, o ministro dos Assuntos Parlamentares não hesita em afirmar que este pode ser um momento de elevado significado no desenvolvimento da cooperação entre Portugal e Brasil e também no incremento da cooperação mais alargada com o conjunto de países da CPLP.
A ideia para este canal surgiu há menos de dois meses num encontro entre o primeiro-ministro português e o presidente Lula da Silva. Agora, Guilherme Costa, presidente da RTP, acredita que o estudo de viabilidade estará concluído até ao final do ano. Para já, foram definidas metodologias que permitem à RTP estar mais presente no Brasil e vice-versa, disse Guilherme Costa. Um dos vários pontos em análise será o modelo de negócio e a forma de financiamento, ainda por definir.
Além do canal de televisão, o acordo assinado entre as duas operadoras de serviço público pretende promover o intercâmbio de programas e outras obras audiovisuais, a realização de coproduções, o apoio à produção de obras cinematográficas e audiovisuais, a formação profissional e o intercâmbio profissional e técnico, bem como o desenvolvimento de serviços conexos conjuntos, com especial destaque para a área da Internet.
O acordo assinado entre os dois governos prevê ainda a criação de condições para a melhoria dos serviços de rádio, televisão e serviços conexos prestados aos públicos do Brasil e de Portugal, e a todos os outros que falam a língua portuguesa.
A cooperação luso-brasileira passará também pela promoção de condições para uma ampla difusão dos respectivos canais internacionais em ambos os países.

(Fonte: Económico) 28 Julho 2010