Países dos leitores

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sábado, 25 de novembro de 2017

-"O ADN exclusivo dos portugueses"

 
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Está cientificamente provado que os portugueses têm um ADN que não existe em nenhum outro povo. Não quer dizer que seja melhor ou que seja pior; é, simplesmente, único o que não deixa de ser uma curiosidade !
Será bom recordar que ADN, é a sigla para Ácido DesoxirriboNucléico, que é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e de alguns vírus.

O vídeo que se segue explica melhor as condições que levaram à formação deste ADN único.

O artigo da brasileira Ruth Manus, que o precede, é a análise mais correta que, creio, já alguma vez foi feita sobre as caracteristicas dos portugueses.



OPINIÃO DE UMA BRASILEIRA SOBRE OS PORTUGUESES


Por: RUTH MANUS, advogada e professora universitária; escreve um blogue num Jornal de S. Paulo.

"Dentre as coisas que mais detesto, duas podem ser destacadas: ingratidão e pessimismo.
Sou incuravelmente grata e otimista e, comemorando quase 2 anos em Lisboa, sinto que devo a Portugal o reconhecimento de coisas incríveis que existem aqui - embora me pareça que muitos nem percebam.
Não estou dizendo que Portugal seja perfeito. Nenhum lugar é. Nem os portugueses são, nem os brasileiros, nem os alemães, nem ninguém. Mas para olharmos defeitos e pontos negativos basta abrir qualquer jornal, como fazemos diariamente.

Mas acredito que Portugal tenha certas características nas quais o mundo inteiro deveria inspirar-se.

Para começo de conversa, o mundo deveria aprender a cozinhar com os portugueses.
Os franceses aprenderiam que aqueles pratos com porções minúsculas não alegram ninguém.
Os alemães descobririam outros acompanhamentos além da batata.
Os ingleses aprenderiam tudo do zero.

Bacalhau e pastel de nata ? Não. Estamos falando de muito mais.
Arroz de pato, arroz de polvo, alheira, peixe fresco grelhado, ameijoas, plumas de porco preto, grelos salteados, arroz de tomate, baba de camelo, arroz doce, bolo de bolacha, ovos moles.
Mais do que isso, o mundo deveria aprender a se relacionar com a terra como os portugueses se relacionam.
Conhecer a época das cerejas, das castanhas e da vindima.
Saber que o porco é alentejano, que o vinho do Porto é do Douro.
Talvez o pequeno território permita que os portugueses conheçam melhor o trajeto dos alimentos até a sua mesa, diferente do que ocorre, por exemplo, no Brasil.
O mundo deveria saber ligar a terra à família e à história como os portugueses.
A história da quinta do avô, as origens transmontanas da família, as receitas típicas da aldeia onde nasceu a avó.
O mundo não deveria deixar o passado escoar tão rapidamente por entre os dedos.

E se alguns dizem que Portugal vive do passado, eu tenho certeza de que é isso o que os faz ter raízes tão fundas e fortes.

O mundo deveria ter o balanço entre a rigidez e a afeto que têm os portugueses.
De nada adiantam a simpatia e o carisma brasileiros se eles nos impedem de agir com a seriedade e a firmeza que determinados assuntos exigem. O deputado Jair Bolsonaro, que defende ideias piores que as de Donald Trump, emergiu como piada e hoje se fortalece como descuido no nosso cenário político. Nem Bolsonaro nem Trump passariam em Portugal .
Os portugueses - de direita ou de esquerda - não riem desse tipo de figura, nem permitem que elas floresçam.
Ao mesmo tempo, de nada adianta o rigor japonês que acaba em suicídio, nem a frieza nórdica que resulta na ausência de vínculos.
Os portugueses são dos poucos povos que sabem dosar rigidez e afeto, acidez e doçura, buscando sempre a medida correta de cada elemento, ainda que de forma inconsciente.
Todo país do mundo deveria ter uma data como o 25 de abril para celebrar. Se o Brasil tivesse definido uma data para celebrar o fim da ditadura, talvez não observássemos com tanta dor a fragilidade da nossa democracia. Todo país deveria fixar o que é passado e o que é futuro através de datas como essa.

Todo idioma deveria conter afeto nas palavras corriqueiras como o português de Portugal transporta.
Gosto de ser chamada de “miúda“.
Gosto de ver os meninos brincando e ouvir seus pais chama-los carinhosamente de “putos“.
Gosto do uso constante de diminutivos.
Gosto de ouvir ”magoei-te ?” quando alguém pisa no meu pé.
Gosto do uso das palavras de forma doce.

O mundo deveria aprender a ter modéstia como os portugueses,

 embora os portugueses devessem ter mais orgulho desse seu país do que costumam ter.
Portugal usa suas melhores características para aproximar as pessoas, não para afastá-las.

A arrogância que impera em tantos países europeus passa bem longe dos portugueses.

O mundo deveria saber olhar para dentro e para fora como Portugal sabe.
Portugal não vive centrado em si próprio como fazem os franceses e os norte-americanos.
Por outro lado, não ignora importantes questões internas, priorizando o que vem de fora, como ocorre com tantos países colonizados.
Portugal é um país muito mais equilibrado do que a média e é muito maior do que parece.

Acho que o mundo seria melhor se fosse um pouquinho mais parecido com Portugal.

Essa sorte, pelo menos, nós, brasileiros, tivemos."















OPINIÃO DE UMA BRASILEIRA SOBRE OS PORTUGUESES


Por: RUTH MANUS, advogada e professora universitária; escreve um blogue num Jornal de S. Paulo.

"Dentre as coisas que mais detesto, duas podem ser destacadas: ingratidão e pessimismo.
Sou incuravelmente grata e otimista e, comemorando quase 2 anos em Lisboa, sinto que devo a Portugal o reconhecimento de coisas incríveis que existem aqui - embora me pareça que muitos nem percebam.
Não estou dizendo que Portugal seja perfeito. Nenhum lugar é. Nem os portugueses são, nem os brasileiros, nem os alemães, nem ninguém. Mas para olharmos defeitos e pontos negativos basta abrir qualquer jornal, como fazemos diariamente.

Mas acredito que Portugal tenha certas características nas quais o mundo inteiro deveria inspirar-se.

Para começo de conversa, o mundo deveria aprender a cozinhar com os portugueses.
Os franceses aprenderiam que aqueles pratos com porções minúsculas não alegram ninguém.
Os alemães descobririam outros acompanhamentos além da batata.
Os ingleses aprenderiam tudo do zero.

Bacalhau e pastel de nata ? Não. Estamos falando de muito mais.
Arroz de pato, arroz de polvo, alheira, peixe fresco grelhado, ameijoas, plumas de porco preto, grelos salteados, arroz de tomate, baba de camelo, arroz doce, bolo de bolacha, ovos moles.
Mais do que isso, o mundo deveria aprender a se relacionar com a terra como os portugueses se relacionam.
Conhecer a época das cerejas, das castanhas e da vindima.
Saber que o porco é alentejano, que o vinho do Porto é do Douro.
Talvez o pequeno território permita que os portugueses conheçam melhor o trajeto dos alimentos até a sua mesa, diferente do que ocorre, por exemplo, no Brasil.
O mundo deveria saber ligar a terra à família e à história como os portugueses.
A história da quinta do avô, as origens transmontanas da família, as receitas típicas da aldeia onde nasceu a avó.
O mundo não deveria deixar o passado escoar tão rapidamente por entre os dedos.

E se alguns dizem que Portugal vive do passado, eu tenho certeza de que é isso o que os faz ter raízes tão fundas e fortes.

O mundo deveria ter o balanço entre a rigidez e a afeto que têm os portugueses.
De nada adiantam a simpatia e o carisma brasileiros se eles nos impedem de agir com a seriedade e a firmeza que determinados assuntos exigem. O deputado Jair Bolsonaro, que defende ideias piores que as de Donald Trump, emergiu como piada e hoje se fortalece como descuido no nosso cenário político. Nem Bolsonaro nem Trump passariam em Portugal .
Os portugueses - de direita ou de esquerda - não riem desse tipo de figura, nem permitem que elas floresçam.
Ao mesmo tempo, de nada adianta o rigor japonês que acaba em suicídio, nem a frieza nórdica que resulta na ausência de vínculos.
Os portugueses são dos poucos povos que sabem dosar rigidez e afeto, acidez e doçura, buscando sempre a medida correta de cada elemento, ainda que de forma inconsciente.
Todo país do mundo deveria ter uma data como o 25 de abril para celebrar. Se o Brasil tivesse definido uma data para celebrar o fim da ditadura, talvez não observássemos com tanta dor a fragilidade da nossa democracia. Todo país deveria fixar o que é passado e o que é futuro através de datas como essa.

Todo idioma deveria conter afeto nas palavras corriqueiras como o português de Portugal transporta.
Gosto de ser chamada de “miúda“.
Gosto de ver os meninos brincando e ouvir seus pais chama-los carinhosamente de “putos“.
Gosto do uso constante de diminutivos.
Gosto de ouvir ”magoei-te ?” quando alguém pisa no meu pé.
Gosto do uso das palavras de forma doce.

O mundo deveria aprender a ter modéstia como os portugueses,
 
 embora os portugueses devessem ter mais orgulho desse seu país do que costumam ter.
Portugal usa suas melhores características para aproximar as pessoas, não para afastá-las.

A arrogância que impera em tantos países europeus passa bem longe dos portugueses.
 
O mundo deveria saber olhar para dentro e para fora como Portugal sabe.
Portugal não vive centrado em si próprio como fazem os franceses e os norte-americanos.
Por outro lado, não ignora importantes questões internas, priorizando o que vem de fora, como ocorre com tantos países colonizados.
Portugal é um país muito mais equilibrado do que a média e é muito maior do que parece.

Acho que o mundo seria melhor se fosse um pouquinho mais parecido com Portugal.

Essa sorte, pelo menos, nós, brasileiros, tivemos."

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

-"Encharéu: o peixe caçador de aves"



É um caçador nato que não hesita em caçar à superfície, saindo mesmo da água para caçar aves marinhas. 


O encharéu (pseudocaranx dentex), é um peixe da família dos carangídeos que, em média, mede 1,22m, pesa 18 Kg e encontra-se no Atlântico, USA, Carolina do Norte, Sul do Brasil, Mediterrâneo, Açores, Madeira, Canárias, África, Japão, Hawaii, Austrália, Irlanda e Nova Caledónia.
Habita águas costeiras e baías de 0 a 238 m de profundidade e enquanto jóvem vive em estuários e em zonas costeiras, formando cardumes imensos que caçam a grande velocidade, alimentando-se básicamente de plâncton e invertebrados que ingerem através de sucção; ao atingir a maturidade, ingere invertebrados e peixes tais como: sardinhas, cavalas, tainhas e carapaus.

sábado, 18 de novembro de 2017

-"A singular aldeia Casal de São Simão"

Pequena aldeia cuja singularidade é as suas casas serem construida em quartzito uma rocha que na construção civil só é utilizada como revestimento e decoração. O uso desta rocha  deve-se à proximidade das Fragas de São Simão, um conglomerado onde ela abunda.
 
A aldeia só tem uma rua e o possui o templo mais antigo de Figueiró dos Vinhos.

A singularidade do uso de quartzito na sua construção reside no facto de esta rocha, além do  uso ornamental, ser utilizada na siderurgia como leito de fusão de altos-fornos.
O quartzito é uma rocha metamórfica cujo componente principal é o quartzo.
O quartzo, por sua vez, ligado ao feldspato e à mica dá origem ao granito que, este sim, foi até há pouco o material por excelência da construção.

A aldeia Casal de São Simão está integrada na Rota das Aldeias de Xisto por razões de ordem logistica, apesar de o material utilizado na sua construção ser uma rocha metamórfica, portanto diferente do xisto que é argila metamorfizada.

sábado, 4 de novembro de 2017

-"Madre Paula"- a grande paixão de D.João V"


Madre Paula

A grande paixão do rei D.João V foi Paula Teresa da Silva, freira do Convento de Odivelas, onde ficou conhecida pelo nome de "Madre Paula".
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 Claustro do convento de Odivelas

Naquele tempo muitas mulheres iam viver para conventos por questões de ordem social e poucas iam para lá por vocação. As visitas aos conventos faziam parte da etiqueta social e os relacionamentos amorosos eram frequentes e aceites, desde que praticados com discrição. Era elegante os nobres terem a sua freira e usarem as celas para os encontros amorosos.

Cozinha do convento de Odivelas

Nesses encontros eram vulgar servirem-se doces conventuais tendo alguns ficado famosos como a marmelada de Odivelas e o pudim da Madre Paula.
As visitas aos conventos eram tão frequentes que acabaram por ser denunciadas e se tornarem escandalosas.



Para fugir ao escândalo, e poder continuar o seu relacionamento amoroso,  D.João V mandou construir, para a sua amante Paula, o Palácio Pimenta que deslumbrava pelo luxo dos seus interiores e do seu mobilário.
Madre Paula teve um filho do rei e sobreviveu 35 anos ao amante, sempre tratada com a maior consideração.