Países dos leitores

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sábado, 30 de julho de 2011

-" A Galiza na CPLP "

Academia Galega da Língua Portuguesa consegue Estatuto de Observador Consultivo na Comunidade de Países de Língua Portuguesa

Sexta-feira, 22 de Julho de 2011 20:06

XVI Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

O Conselho de Ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, na sua XVIII reunião, realizada em Luanda o dia 22 de julho, decidiu conceder a categoria de Observador Consultivo à Fundação Academia Galega da Língua Portuguesa.

De conformidade com o Regulamento dos Observadores Consultivos, a candidatura da Academia Galega tinha de ser defendida por um dos países integrantes da CPLP. A iniciativa da sua apresentação e patrocínio correspondeu ao Governo da República de Angola, país que vem exercendo a presidência deste organismo internacional.

A Academia Galega recebeu o apoio unânime dos 8 estados integrados na CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Lorosae, vendo compensados os esforços dedicados ao efeito pela Comissão Executiva, com o consenso e contributo de todos os académicos e a colaboração da Associação Cultural Pró AGLP.

A decisão ora adotada é duplamente significativa, por ser a primeira entidade observadora de um país não integrado na sua estrutura, e por tratar-se de uma academia da língua, reconhecendo de facto a Galiza como território de língua portuguesa. Este apoio internacional reforça o protagonismo do processo de reintegração linguística galega, que nas últimas décadas vem recebendo um crescente apoio social, podendo converter-se num instrumento importante no processo de recuperação da língua da Galiza, que vem sendo defendida pela sociedade civil articulada num amplo e variado leque de associações e instituições culturais e educativas.

Fonte: notícia enviada pelo nosso amigo Canojones.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

-" Os Piratas da Somália "


QUEM SÃO OS PIRATAS DA SOMÁLIA? -
Uma situação tão escandalosa como esta deve ser denunciada tanto quanto possível ! A todos os que estão conscientes do problema peço que reeencaminhem este vídeo para todos os vossos amigos. Para verem as legendas em português basta clicar na seta do lado direito da caixa de idiomas no roda-pé.


http://dotsub.com/view/8446e7d0-e5b4-496a-a6d2-38767e3b520a

terça-feira, 12 de julho de 2011

-" Vergonha que não tenho de ser Nordestina "

Aqui está a prova provada de que se pode ser natural de qualquer parte do Brasil e escrever bom português sem pôr de parte os regionalismos que só enriquecem a língua. Bom português, é bom português, seja lá de que lado do Atlântico for, contrariamente ao que alguns intelectuais de pacotilha apregoam.
Apreciem bem esta jóia de prosa lusófona !          
                                                                                
AN                     
"VERGONHA QUE NÃO TENHO DE SER NORDESTINA"
    Sheila Raposo  ( Jornalista )
"Cultivado entre os cascalhos do chão seco e as cercas de aveloz que se perdem no horizonte, cresceu, forte e robusto, o meu orgulho de pertencer a esse pedaço de terra chamado Nordeste.
Sou nordestina. Nasci e me criei no coração do Cariri paraibano, correndo de boi brabo, brincando com boneca de pano, comendo goiaba do pé e despertando com o primeiro canto do galo para, ainda com os olhos tapados de remela, desabar pro curral e esperar pacientemente, o vaqueiro encher o meu copo de leite, morninho e espumante, direto das tetas da vaca para o meu bucho.
Sou nordestina. Falo oxente, vôte e danou-se. Vige, credo, Jesus-Maria e José! Proseio com minha língua ligeira, que engole silabas e atropela a ortoépia das palavras. O meu falar é o mais fiel retrato. Os amigos acham até engraçado e dizem sempre que eu “saí do mato, mas o mato não saiu de mim”. Não saiu mesmo! E olhe: acho que não vai sair é nunca!
Sou nordestina. Lambo os beiços quando me deparo com uma mesa farta, atarracada de comida. Pirão, arroz-de-festa, galinha de capoeira, feijão de arranca com toucinho, buchada, carne de sol... E mais uma ruma de comida boa, daquela que, quando a gente termina de engolir, o suor já está pingando pelos quatro cantos. E depois ainda me sirvo de um bom pedaço de rapadura ou uma cumbuca de doce de mamão, que é pra adoçar a língua. E no outro dia, de manhãzinha, me esbaldo na coalhada, no cuscuz, na tapioca, no queijo de coalho, no bolo de mandioca, na tigela de umbuzada, na orêa de pau com café torrado em casa!
Sou nordestina. Choro quando escuto a voz de Luiz Gonzaga ecoar no teatro de minhas memórias. De suas músicas guardo as mais belas recordações. As paisagens, os bichos, os personagens, a fé e a indignação com que ele costurava as suas cantigas e que também são minhas. Também estavam (e estão) presentes em todos os meus momentos, pois foi em sua obra que se firmou a minha identidade cultural.

Sou nordestina. Me emociono quando assisto a uma procissão e observo aqueles rostos sofridos, curtidos de sol do meu povo. Tudo é belo neste ritual. A ladainha, o cheiro de incenso. Os pés descalços, o véu sobre a cabeça, o terço entre os dedos. O som dos sinos repicando na torre da igreja. A grandeza de uma fé que não se abala.
Sou nordestina. Gosto de me lascar numa farra boa, ao som do xote ou do baião. Sacolejo e me pergunto: pra quê mais instrumento nesse grupo além da sanfona, do triangulo e da zabumba? No máximo, um pandeiro ou uma rabeca. Mas dançar ao som desse trio é bom demais. E fico nesse rela-bucho até o dia amanhecer, sem ver o tempo passar e tampouco sentir os quartos se arriando, as canelas se tremelicando, o espinhaço se quebrando e os pés se queimando em brasa. Ô negócio bom!
Sou nordestina. Admiro e me emociono com a minha arte, com o improviso do poeta popular, com a beleza da banda de pífanos, com o colorido do pastoril, com a pegada forte do côco-de-roda, com a alegria da quadrilha junina. O artista nordestino é um herói, e nos cordéis do tempo se registra a sua história.
Sou nordestina. E não existe música mais bonita para meus ouvidos do que a tocada por São Pedro, quando ele se invoca e mete a mãozona nas zabumbas lá do céu, fazendo uma trovoada bonita que se alastra pelo Sertão, clareando o mundo e inundando de esperança o coração do matuto. A chuva é bendita.
Sou nordestina. Sou apaixonada pela minha terra, pela minha cultura, pelos meus costumes, pela minha arte, pela minha gente. Só não sou apaixonada por uma pequena parcela dessa mesma gente que se enche de poderes e promete resolver os problemas de seu povo, mentindo, enganando, ludibriando, apostando no analfabetismo de quem lhe pôs no poder, tirando proveito da seca e da miséria para continuar enchendo os próprios bolsos de dinheiro.
Mas, apesar de tudo, eu ainda sou nordestina, e tenho orgulho disso. Não me envergonho da minha história, não disfarço o meu sotaque, não escondo as minhas origens. Eu sou tudo o que escrevi, sou a dor e a alegria dessa terra. E tenho pena, muita pena, dos tantos nordestinos que vejo por aí, imitando chiados e fechando vogais, envergonhados de sua nordestinidade. Para eles, ofereço estas linhas.
Fonte: esta jóia foi-nos enviada pela nossa amiga Inêz Paiva

quinta-feira, 7 de julho de 2011

-" A Galiza e a Lusofonia "

O vídeo que abaixo se exibe é altamente aconselhado a todos os leitores que estejam identificados com o problema linguístico e político da Galiza e a todos os que desconheçam que na Galiza e em Portugal se fala a mesma língua.

Nele se refere a importância da Academia Galega de Língua Portuguesa e os Colóquios da Lusofonia de 2011.
Macau acolheu durante este mês de abril (2011) os Colóquios da Lusofonia. A Ásia recebeu aos perto de quarenta inscritos neste congresso organizado pela Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia (AICL). Entre os membros da comitiva oficial, integrada por 17 pessoas vindas dos diversos países de língua portuguesa, estava a Concha Rousia que, para além de representar a AGLP no congresso, foi entrevistada na TDM por Marco Carvalho, tal e como podemos ver no vídeo.

Este colóquio foi possível graças a generosidade e o patrocínio do Instituto Politécnico de Macau (IPM) e ao interesse da China pola nossa língua.

Mais info: http://www.academiagalega.org/info-atualidade/concha-rousia-entrevistada-na-t...

sábado, 2 de julho de 2011

-" Discriminação Linguística - Uma Polêmica "



ENSINO DA LÍNGUA MATERNA E PROMOÇÃO HUMANA
CONTRASTES E CONFRONTOS

José JPeralta
I
O ENSINO DA LÍNGUA NUM MUNDO GLOBALIZADO

1. A nossa língua pátria, como muitos outros patrimônios de nosso país, como acontece em outros países, está sujeito a questionamentos, como tudo o que é humano. Se é razoável ou não, é sempre um ponto a considerar e a reforçar.
Neste ensaio, dou a minha contribuição a uma polêmica nacional
sobre a questão da “Discriminação Linguística” e o ensino da Gramática Normativa, que considero  uma dicotomia impertinente, insustentável e abusiva.
Penso que o país não tem tempo a perder, com um assunto tão sem sentido, em má hora levantado por mentes condicionadas, e que não pode ficar sem resposta... Envolve poucos, mas, sorrateiramente pode  envolver e enganar a muitos, por tocar em pontos sensíveis ao leitor atento.
Está em pauta o princípio que defendemos, de que o não ensino da Norma Culta é sonegação de direitos, por grave preconceito. Contestemos os que falam e propõem o contrário, numa atitude de grave agressão à unidade linguística do Brasil. Propomos a superação de toda a discriminação linguística e contestamos os que, ardilosamente, invertem os conceitos, propondo o preconceito como libertação. É disto que aqui tratamos.

2. Um dos livros mais preconceituosos e com mais sofismas que já vi foi esse amontoado de tolices filosóficas, populistas, nada científico, que é a “Língua de Eulália”. Mas, enfim, propõe-se como novela (?!) Ou quer ser Cavalo de Tróia?!
Não há nesse livro nada de novo a não ser o ranço e os claros ressentimentos e complexos que marcam o fio condutor da Novela. Entre algumas páginas vai destilando seus rancores e preconceitos persecutórios Entretanto não posso deixar de reconhecer que tem alguns pontos muito bons. (Voltarei a este tema).
Procuramos colocar cada conceito no seu lugar, desmistificando-os, e derrubando sofismas. Até porque certas pessoas, que se  dizem “linguistas”, como se isso os tornasse intocáveis e sábios, o que propõem é provar que a Língua que se fala no Brasil não é a Língua Portuguesa. Querem  que isso seja  decretado oficialmente! Isto é algo de idiota, que  está na contramão do que se faz no mundo. Falaremos disto mais tarde.
Efetivamente, a língua é um dos legados mais extraordinários que Portugal deu ao Brasil.
Para ler mais, clique