...a vida passa num instante/ e um instante é muito pouco para sonhar."
Os dias são povoados
Pela raiva de sentir
Que não és livre de ti
Porque te aprisionaste
E recusaste o porvir
E, agora só me resta
fugir eu de mim também.
Fugir incessantemente
E tornar-me degredado
Recusar este fado
que me estava destinado.
Quisera eu aprisionar-te
sem nunca te poder ter.
Ao ter-te, não te teria.
como não te tenho agora,
nem nunca terei um dia.
Não és livre de sentir.
E apenas nos unimos
Na desunião,
que nos completa.
Apenas nos encontramos
no espaço
Entre dois silêncios.
O teu e o meu,
E calados
Desejamos
Nunca ter sido assim.
Maria João Nunes
in «http://aarrobadaspalavras.blogspot.com»
"Apenas nos encontramos
ResponderEliminarno espaço
Entre dois silêncios."
Bonito poema!
@}---
Fico contente por concordar comigo,amiga Adriana. A nossa amiga Maria João é toda poesia.
ResponderEliminarUm abraço