Países dos leitores

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

« Ausência »

Secou o rio da minha terra.
As videiras à beira do caminho não existem mais.
O rio da internet não une. É muito frágil;

Virtual, camaradagem livre, casual.
Livre e sem compromisso de sangue...
Sem consagração real de amizade.

Já as lágrimas... talvez...
Só a micro porção de sal sobre o papel.
Talvez passem com o vento.

Mas talvez não aquém teclado.
Do teclado além não vão sentimentos.
Nem lágrimas.

Ruíram os sonhos mais belos.
Os mais belos instantes também se apagaram.
Escureceu-os o tempo, sumiram os horizontes.

Apagaram-se as luzes e já no escuro,
O presente sem direção é sem instantes...
Nem presente, passado nem futuro...

Só Ausência...

3 comentários:

  1. Dizem-me muito estas palavras.Este seria o poema que eu sonharia ter feito, talvez porque ao lê-lo o senti.Pobre poeta fingidor!
    Parabéns!

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  2. Obrigado,
    mas talvez a fingir se revele alguma parcela da verdade.
    Em algum lugar falta o que nunca teremos.
    Este é um horizonte que nunca está quando chegamos.

    Obrigado pela atenção e respeito.

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  3. Seja bem-vinda, amiga Arroba !...
    Gostariamos de a ver por cá mais vezes.
    O Júlio não sabe a história do fingidor. Mas acho que percebeu...
    Junte-se a nós mais vezes porque temos um grupo de amigos muito bom.
    Um abraço,
    para o Júlio também,
    deste Vosso amigo.

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