Típicas,
encantadoras, charmosas... à beira mar, nas montanhas de Sintra, na
região saloia ou no Alentejo. Venha daí descobrir 7 aldeias para visitar
perto de Lisboa.
1. Penedo
A
sua origem não está muito bem definida mas existem autores que apontam
para a referência ao Penedo já no séc. XIII, mais propriamente dados de
1527. A Aldeia do Penedo conserva ainda algumas casas de traça antiga,
que lhe conferem uma imagem de aldeia típica. Situada no alto de uma
encosta, permite ao visitante caminhadas pelas suas ruas e ruelas
íngremes e sinuosas, com passagem obrigatória pelo fontanário e pelo
cruzeiro, situados bem no centro da aldeia, tal como as seculares
capelas.
O
Penedo é o último local do continente português onde são realizadas as
tradicionais festas do “Império” ou do “Espírito Santo”, que continuam a
existir nos Açores, em particular na ilha Terceira. Estas festas são
designadas de Festas do Divino Espírito Santo e têm uma antiquíssima
história, remontando de forma mais directa ao reinado de D. Dinis e sua
mulher, a rainha Santa Isabel.
2. Aldeia da Mata Pequena
Uma
dezena de habitações compõem este pequeno povoado rural, feito de
paredes caiadas e de pavimentos em lajedo de pedra. A Aldeia da Mata
Pequena é um paraíso que convida ao descanso e ao contacto com a
natureza às portas de Lisboa. Trata-se de um tesouro da arquitectura
tradicional da região saloia, em plena Zona de Protecção Especial do
Penedo do Lexim, que os trabalhos de recuperação fizeram questão em
preservar.
Para
quem passeia ou fica hospedado na Aldeia da Mata Pequena a sensação é a
de estar num museu a céu aberto, onde o modo de vida do antigamente se
mantém preservado através dos cheiros, das cores e das tradições. As
casas que aqui encontra são disso o melhor exemplo, resultado de muito
trabalho de pesquisa e recolha que conquista cada um dos visitantes.
3. Aldeia típica José Franco
Em
início dos anos 60, José Franco deu asas a um sonho, de recriar uma
aldeia de carácter etnográfico, onde as suas memórias de infância se
cristalizassem, testemunho do modo de viver das gentes locais, em
homenagem à sua terra. A sua aldeia teria dois componentes: seria uma
réplica das antigas oficinas e lojas, dos espaços vividos, decorados e
apetrechados por objectos reais, onde se reproduziam os costumes e
actividades laborais intrínsecas à sua infância e à vida camponesa da
região de Mafra; em simultâneo, a aldeia compreendia uma área lúdica,
dedicada às crianças, repleta de miniaturas de casas e habitantes que
retratavam as actividades exercidas à época: trabalhos no campo,
carpintarias, moinhos de vento, capelas, mercearias, escolas, adegas,
camponeses e até uma reprodução da vila piscatória da Ericeira e dos
ofícios ligados ao mar. Em anos posteriores, a Aldeia-Museu foi
beneficiada pela construção de uma terceira área, murada como um
castelo, com um parque-infantil, incorporando alguns engenhos agrícolas,
que as crianças podiam movimentar livremente.
4. Azenhas do Mar
Obra-prima
da arquitectura popular, esta aldeia estende-se em socalcos pela
arriba, como um presépio. O cenário pitoresco do casario enquadra uma
pequena baía onde foi construída uma piscina oceânica. Foi local de
férias do rei D. Carlos, da sua mulher D. Amélia e da mãe, D. Maria Pia.
Em 1927 foi construída a Escola Primária, que serviu de modelo aos
edifícios das escolas primárias do Estado Novo, elaborada pelo
arquitecto Raul Martins. Do edifício destaca-se o painel de azulejos,
com momentos ilustrativos da História de Portugal.
Faz
parte da Região Demarcada de Colares, região vinícola demarcada desde
1908, caracterizada pelas vinhas em chão de areia. Antes era conhecida
pelo número de azenhas – algumas ainda à vista de todos – que por ali
existiam, numa de aproveitar a força das águas que ali batem, estando
assim explicado o nome por que é conhecido hoje: Azenhas do Mar. Agora
que a energia já não tem de ser feita de forma tão artesanal, a aldeia
transformou-se num dos mais célebres postais turísticos portugueses,
sobretudo nas fotografias tiradas do miradouro que existe na parte sul,
de onde temos vista privilegiada para uma cascata de casario caiado que
desemboca no Atlântico, segurado por uma alta arriba em forma de concha.
5. Santa Susana
Com
arquitectura tipicamente alentejana, a aldeia de Santa Susana
destaca-se pela presença de casinhas de rés-do-chão, todas caiadas de
branco com barra azul e grandes chaminés. Localizada entre duas
ribeiras, afluentes da margem direita da ribeira de Alcáçovas, está
distanciada da sede do concelho por 15 km. Santa Susana chama a atenção
devido às suas casas de contornos iguais e molduras de azul forte.
Parece
uma antiga vila de arquitectura rural, mas que estas ruas geométricas e
as casas iguais não são um acaso. Construídas há mais de um século,
serviram de alojamento temporário para trabalhadores agrícolas que
acabaram por aqui ficar. Hoje é uma tranquila vila alentejana onde se
pode saborear a gastronomia local e conhecer o artesanato em madeira de
salgueiro e cortiça. Para muitos é a aldeia mais bonita do Alentejo.
6. São Cristóvão
A
meio caminho entre Montemor e Alcácer do Sal, São Cristóvão é uma
aldeia no mar da planície a caminho das praias. O nascimento desta
aldeia tem a sua origem intimamente ligada a uma lenda, na qual
atribuírem a São Cristóvão a graça da escolha do local da igreja, pelo
que o povo escolheu este santo como seu padroeiro e símbolo unificador
da sua fé.
O
estreito vale da ribeira de S. Cristóvão alberga vários “monumentos” de
arquitectura natural. Para descobrir estes lugares, a melhor opção é
utilizar os percursos pedestres e/ou os de BTT existentes, e com a ajuda
dos folhetos explicativos, descobrir as belezas da freguesia.
7. Pia do Urso
A
Pia do Urso é um espaço que foi reaproveitado, construindo-se um parque
temático e sensorial (adaptado a invisuais), acompanhado de um circuito
pedestre. Além da paisagem atractiva e da calma envolvente, o parque é
composto por diversas estações interactivas e lúdicas. Assim, constitui
um óptimo local para se passar uma tarde, um dia ou mesmo residir por lá
durante uns tempos, pois será possível alugar casas antigas que,
também, foram reconstruídas.
Ao
longo do percurso podem observar-se diversas formações geológicas – as
chamadas “pias” – onde, antigamente, os ursos bebiam água; daí a origem
do nome deste local: Pia do Urso. Aqui foi instalado o Eco-Parque
Sensorial da Pia do Urso destinado a invisuais, constituindo um conceito
inovador que pretende levar a essas pessoas a possibilidade da
apreensão do meio envolvente que os rodeia utilizando, para o efeito, os
restantes sentidos, particularmente o tacto e o olfacto.
Fonte:Vortex
Fonte:Vortex
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