O que foi o Império
Os portugueses sempre tiveram enorme aptidão de criação, adaptação e originalidade e foram estas capacidades que estiveram na origem do Império Português. De todas estas aptidões, a originalidade foi, sem dúvida, a mais genial.
Todos os impérios anteriormente existentes pretenderam dominar territórios e populações de uma determinada área geográfica, o que nos permite classifica-los como impérios territoriais.
O Império Português, pelo contrário, sempre foi, até ao Século XIX essencialmente, um império talassocrático ou seja, um domínio instalado no litoral com pontos de apoio que permitissem controlar as rotas marítimas e as atividades a elas ligadas. Salvo raras exceções, nunca pretenderam prolongar o império para o interior (até à malfadada Conferência de Berlim de 1884).como se vê no mapa acima.
Depois da chegada de Vasco da Gama à India, os portugueses construíram o primeiro Império Mundial em Rede introduzindo a inovação de criar plataformas de apoio ( a que hoje chamam "chokpoints") que cobriam o Atlântico, toda a costa africana, o Mar Vermelho, todo o Índico, a costa ocidental da Índia, o Pacífico até às Molucas e os Mares da China e do Japão.
A grande marca do Império Português foi a localização nos litorais, o facto de não ter tentado conquistar territórios ou dominar as populações e de ter sido um enorme Império que, principalmente, através de acordos e interesses comerciais foi o criador da "Globalização".
Mesmo a penetração no interior em África, que deu origem ao Mapa Cor-de-rosa, não contradiz este princípio aqui enunciado, pois não foi feita com intuito de dominação das populações. Aliás, estas, elas próprias, ajudaram no serviço de carregamento da indispensável logística.
ResponderEliminarObrigado pelo comentário. Abordarei as razões do avanço para o interior no próximo artigo.
EliminarA expansão marítima portuguesa em rede ligando Portugal, costa W e E africana, Brasil, Médio-Oriente e costa W e E da Índia até ao Extremo Oriente limitava-se ao comércio, criação de alianças com os chefes locais, sendo o objetivo principal a evangelização e cristianização daqueles povos partindo-se através da amizade e conversão dos chefes. Mas quando atacados ripostavam com a sua superioridade militar, bombardas, sobretudo com os mouros que consideravam sendo os principais inimigos. Para fixarem utilizavam a política de casamentos como sucedeu na Índia, Goa. Quando do início D. João II aconselhara os seus marinheiros evitarem conquistar por força. Assim foi em África, Brasil, India e Extremo Oriente. Tratado de amizade por exemplo com o Rei do Zaire e aculturação dos jovens príncipes nas cortes em Lisboa à pedido do próprio Rei. Houve guerras com tribos inimigas dos seus aliados. Ao mesmo tempo Portugal não tinha homens suficientes para fazer a guerra com os locais para os dominar. A expansão portuguesa era para formar o império cujo significado é sagrado e dedicado ao Cristo Deus. A palavra colonização surge com o Tratado de Berlim nos finais do séc. XIX, entre os europeus e que passam a utilizar a força com as modernas armas entretanto surgidas após revolução industrial e Portugal teve que fazer o mesmo nas terras africanas.
EliminarObrigado pelo comentário. É a confirmação do teor do texto publicado, embora, como se depreende do seu comentário, houvesse muito mais a dizer.
EliminarPortugueses muitos são,
ResponderEliminarDe origens várias
Até de forças contrárias
Em si. Miscigenação
Que fez ser essa Nação,
Ou povo, o que ele o é
Ou foi, pois chegou até
Formar o maior império.
Deus o fez como um mistério
Sem ser árabe nem fenício,
Comerciante de ofício
Viajante e galdério.
Bela postagem. Parabéns. Abraço fraterno. Laerte.