RESPOSTA DE ARNALDO NORTON AOS COMENTÁRIOS
que Casimiro Ceivães e Klatuu fizeram ao seu texto publicado em 28 de Agosto de 2008
Visto Klatuu o embuçado ter tomado a iniciativa de publicar no blogue o comentário que Casimiro Ceivães teve a amabilidade de fazer ao meu texto “ O 5º Império e a CPLP”, seguindo o seu conselho e, partindo do princípio que nada há contra, embora não saiba se este meu texto tem substância suficiente para isso, usarei o mesmo meio para fazer uso do meu direito de resposta.
Antes de começar, deixem-me dizer que o convite com que terminei o meu texto, era, sem dúvida, provocatório e tinha somente a finalidade de despertar os participantes no blogue que, me parece, anda um pouco distante da CPLP. Consegui que dois companheiros voltassem ao tema o que já se pode considerar muito bom.
que Casimiro Ceivães e Klatuu fizeram ao seu texto publicado em 28 de Agosto de 2008
Visto Klatuu o embuçado ter tomado a iniciativa de publicar no blogue o comentário que Casimiro Ceivães teve a amabilidade de fazer ao meu texto “ O 5º Império e a CPLP”, seguindo o seu conselho e, partindo do princípio que nada há contra, embora não saiba se este meu texto tem substância suficiente para isso, usarei o mesmo meio para fazer uso do meu direito de resposta.
Antes de começar, deixem-me dizer que o convite com que terminei o meu texto, era, sem dúvida, provocatório e tinha somente a finalidade de despertar os participantes no blogue que, me parece, anda um pouco distante da CPLP. Consegui que dois companheiros voltassem ao tema o que já se pode considerar muito bom.
Porque é, também, na divulgação da CPLP que estamos interessados, não é ?...
COMENTÁRIO DE CASIMIRO CEIVÃES AO TEXTO DE ARNALDO NORTON «O 5º Império e a CPLP»
(O Casimiro não optou por esta forma de destaque, mas fi-lo eu – e de novo aconselho a mesma aos colaboradores deste Blogue para os comentários de substância.)
Casimiro Ceivães disse...
Caro Arnaldo Norton, tanta coisa...
Tentando ser sucinto:
– A "Globalização" não tem nada, mas mesmo nada, que ver com o V Império, quer na forma própria deste (a formulada por Vieira) quer nas suas formas menores sugeridas ou sonhadas por Pessoa e Agostinho. Como não tem nada que ver com a política, digamos assim, "portuguesa" que Portugal apesar de tudo foi de vez em quando seguindo até 1968. Direi até que, mais do que não ter nada – tem o facto de ser a globalização o obstáculo maior, ou o adversário maior, senão do Império, pelo menos da política portuguesa (deveria agora dizer "lusófona"? mas chamemos os bois pelos nomes) como ela ainda poderia ser entendida e cumprida.
Aqui, permita que lhe diga, acho que o seu comentário peca por confundir globalização com capitalismo, o que podemos considerar uma consequência indesejável e não um fim a atingir. A Globalização é a interacção dos povos de todo o Mundo comandada pela ideia, aceito que utópica, de se conseguir a uniformidade das condições de vida.
Não consigo ver como seria possível o Quinto Império sem a globalização !
Ao segundo parágrafo ( que acho desnecessário transcrever ), aplica-se também a resposta anterior.
Sobre o terceiro parágrafo nada há a dizer, a não ser que fico lisongeado por concordar comigo.
– A CPLP, de momento, é um nada que não aspira sequer a ser coisa alguma por falta evidente de direcção política (ou metapolítica).– A "força" da comunidade Lusófona tem contra ela o facto de Angola, a sua segunda maior região, ser neste momento simplesmente terra ocupada "manu militari", e tem contra ela o facto de o Brasil ser ainda uma espécie de Nau Catrineta planetária (que os meus amigos brasileiros me perdoem a comparação). É, em número de habitantes, significativa; mas a quantidade não se transmuta em qualidade (pelo contrário...), nem mesmo quando nos convémNão é pela quantidade que o Império se fará, ou o Império será, inevitavelmente, pura e duramente chinês.
Respeito a sua opinião, embora não possa concordar com ela. Basta vermos qual o País que mais tem feito pela Comunidade. Além disso, não consegui que respondesse a todos os quesitos que apresentei.
– Apesar de Pessoa ter tido uma muito peculiar ideia de Império (sendo paradoxal e perigosa a tentação do seu emparelhamento a Vieira), não creio que se possa dizer que se distinguisse pela "cultura, paz e bom entendimento entre povos". Não é que isso seja um mau objectivo: é, apenas, um enunciado insuficiente.
Aqui é que estamos francamente em desacordo!
Sobre Pessoa, sobre o perigo de o relacionar com Vieira e o Quinto Império, não irei utilizar palavras minhas para que não veja nelas qualquer resquício de acinte; socorrer-me-ei de vários autores que, espero, considere fidedignos.
Passo a citar :
“Pessoa considerava o Padre António Vieira o maior artista da nossa terra, indiscutivelmente, o mais insígne teólogo do Quinto Império.”
( Manuel J Gandra, in” Sebastianismo” ).
“AntónioVieira a quem Pessoa designou o“imperador da Língua portuguesa”
“É preciso lembrar que Pessoa fala do “Quinto Império” como dos novos tempos anunciados na profecia de Daniel, que o padre António Vieira anunciou para breve.”
( Mestre Lima de Freitas, in “O Esoterismo na Arte Portuguesa”)
Sobre a afirmação de que Pessoa não tinha uma ideia de Quinto Império que se distinguisse pela “cultura, paz e bom entendimento entre povos”, creio que basta transcrever o seguinte:
“A profecia de Daniel ( tão grata ao Padre Vieira) fazia o anúncio de um Quinto Império de paz, liberdade, amor fraternal e de espiritualidade suprema.
( Mestre Lima de Freitas, in “O Esoterismo na Arte Portuguesa”)
Para finalizar, e um pouco dentro do espírito do último parágrafo do seu comentário, posso dizer-lhe que estou convencido que a nossa única saída é mais uma vez o Atlântico, e que compensará apostar fortemente nessa solução. Acho que ainda vamos a tempo de começar pelo princípio e concentrarmos toda a nossa energia na instrução e educação da juventude com programas de ensino onde se faça a divulgação dos povos da CPLP. Não é continuando a remar de costas voltadas que se conseguirá atingir o objectivo. Além disso, seria necessária uma reforma profunda dos meios de comunicação social de todos os Países da CPLP, reformando métodos e,principalmente, mentalidades.
Obrigado pela mensagem de boas-vindas e aceite os meus cumprimentos.
Arnaldo Norton
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