Países dos leitores

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A China e a CPLP

Um fundo de desenvolvimento, com um capital de 5 biliões de dólares, foi criado recentemente pelo Governo chinês, para a promoção de negócios em África. Este fundo será apresentado em breve numa reunião de promoção de projectos africanos que a República Popular da China vai realizar na cidade de Pequim.
O interesse da China na CPLP pode ser explicado por quatro razões, segundo os especialistas internacionais:
segurança energética (garantia de fornecimento de petróleo e gás natural),
recursos naturais,
um mercado potencial de 230 milhões de consumidores e
diplomacia (a CPLP poderá ser uma plataforma que ajude a isolar internacionalmente Taiwan). Este ponto é, aliás, uma das contrapartidas que o Governo de Pequim exige em troca da sua ajuda/investimento.
A diplomacia chinesa, cada vez mais sofisticada, está a alargar o seu interesse dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) ao Brasil, Timor-Leste e até mesmo a Portugal, ou seja, à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Em pouco mais de um ano, Pequim elegeu Portugal como parceiro estratégico, reduziu a dívida externa dos países africanos da CPLP, triplicou a ajuda a Timor-Leste e disponibilizou cerca de 8,2 milhões de dólares em empréstimos sem juros aos membros desta comunidade.
Mas este ano haverá mais.

Perante estas iniciativas, espero que os descrentes na CPLP comecem a ver a importância que ela já tem e o papel relevante que pode desempenhar na cena mundial.

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