A Assembleia Nacional da Guiné Equatorial já aprovou, por maioria, o português como terceira língua oficial do país e, pela importância que tem a sua presença na CPLP, convém que a conheçamos melhor !
Língua e Português Medieval na ilha de Ano Bom
O idioma oficial da ilha é o castelhano, assim como em toda Guiné Equatorial. Ainda assim, o castelhano é a segunda língua da população da ilha, sendo usado na indústria do turismo e ensinado às crianças para esse fim. O idioma usado de facto é o Fá d’Ambô um idioma derivado do português e do crioulo antigos. O Fá d'Ambô é um patrimônio cultural imaterial lusófono de valor inestimável, uma vez que preserva as características originais da língua-mãe. Devido ao isolamento geográfico e a não influência dos meios de comunicação, tais como jornais, TVs e rádios, estima-se que a população anobonense fale como falavam os primeiros habitantes da ilha, seus antepassados medievais.
Ilha Fernão do Pó (Bioko)
Fernando Pó (século XV) foi o navegador e explorador português que descobriu, em 1472, as ilhas do Golfo da Guiné, entre as quais a ilha que foi batizada com o seu nome e que, atualmente, se designa por ilha de Bioko e faz parte da Guiné Equatorial.. Ele também descobriu a foz do rio Wouri a que chamou "Rio dos Camarões"
que depois deu o nome ao actual estado africano dos Camarões.
A ilha foi possessão portuguesa
entre 1474 e 1778, quando foi cedida a Espanha pelo Tratado de “El
Pardo” em troca de terras ocupadas
pelos espanhóis na América do Sul
que seriam posteriormente anexadas ao Brasil (faixas
de terras do atual Rio Grande do Sul).
Ilha de Ano Bom
Ilha de Ano Bom
A ilha
foi descoberta por exploradores portugueses
(sob comando de Fernão do Pó) a
caminho das Índias, em 1º de janeiro de
1473, daí o nome Ano Bom. Era uma
ilha desabitada até o início da colonização em 1474, com africanos de Angola.
Em 1778, o seu domínio foi transferido para a Espanha, juntamente com o domínio
da ilha de Fernando Pó (atual Bioko) e toda a
costa da Guiné, em troca de territórios espanhóis no novo mundo. Enquanto a
Espanha visava ampliar seu território em solo africano, Portugal desejava ampliar o seu domínio
nas ricas terras de “Novo Portugal” (atual Brasil). A colônia formada
pela Espanha foi posteriormente chamada de Guiné
Espanhola.
A população opôs-se ao novo governo espanhol. Os nativos revoltaram-se contra seus novos comandantes e instalou-se uma anarquia. Posteriormente, em comum acordo, a ilha passou a ser administrada por um bureau com cinco nativos, no cargo de governador. Até o fim do século XIX a autoridade espanhola terminou restabelecida e a ilha tornou-se parte da Colônia de Elobey, Annobon, e Corisco. Em 1909 a guiné continental e todas as ilhas passaram a formar os Territorios Españoles del Golfo de Guinea ou Guinea Española.
A população opôs-se ao novo governo espanhol. Os nativos revoltaram-se contra seus novos comandantes e instalou-se uma anarquia. Posteriormente, em comum acordo, a ilha passou a ser administrada por um bureau com cinco nativos, no cargo de governador. Até o fim do século XIX a autoridade espanhola terminou restabelecida e a ilha tornou-se parte da Colônia de Elobey, Annobon, e Corisco. Em 1909 a guiné continental e todas as ilhas passaram a formar os Territorios Españoles del Golfo de Guinea ou Guinea Española.
Pigalu ou Pagalu (em português, papagaio).
Em 1968, a Guiné Espanhola emancipou-se de Espanha,
formando o Estado da Guiné Equatorial.
Durante o governo de Francisco Macias Nguema a ilha passou a ser
chamada Pigalu. O isolamento geográfico da ilha (muito distante do continente
ao qual pertence) e a proximidade de São Tomé e Príncipe (que está a menos da
metade da distância até a capital) foram fatores determinantes para a
preservação dos laços culturais com Portugal
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