Os portugueses chegaram
há quinhentos anos a Malaca. A diáspora lusitana subsiste, com inusitado fulgor
e entusiasmo, num pequeno bairro piscatório malaio, onde se luta pela manutenção
da cultura portuguesa. Hoje e sempre. Em Malaca (Melaka, i.e., “O Estado
Histórico”), o terceiro mais pequeno Estado da Malásia, existe um povo
conhecido por Kristang (“cristão”), que descende dos portugueses e que
sobrevive desde o século XVI como uma pequena comunidade.
A comunidade luso-descendente não abdicou da identidade cultural. Meio
milénio após a chegada lusa e 370 anos após a sua partida, todos continuam a
afirmar-se, orgulhosamente, portugueses. A cultura popular portuguesa
transmite-se de pais para filhos, por via oral. Contam-se histórias, ensinam-se costumes e
tradições, transmite-se «o portugis antigo», que falavam os
primeiros colonos, corrompido por séculos de transmissão oral sem um único
registo escrito ou resquício de ensino oficial.
Da presença portuguesa restam, ainda hoje, além da Comunidade Kristang, a Porta de São Tiago (entrada principal da Praça-Forte a que chamaram "A Famosa")
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