No mercado, só se encontram laranjas-doces, enquanto que as laranjas-amargas são consideradas fruto medicinal, com imensas propriedades, em forma de compotas, geleias e óleos essenciais.
Na Antiguidade só se conhecia a laranja-amarga que se encontrava na China, na Ìndia e em Myanmar (antiga Birmânia). à qual davam o nome de "nareng" ou "narang". O termo chegou a Portugal, aparentemente, através da Pérsia e coverteu-se em "laranja" (laranja-amarga, entenda-se).
No Séc.V ou IV a.C. alguém teve a brilhante ideia de enxertar um galho de tangerineira numa toranjeira dando origem ao nascimento das "laranja-doces" às quais já se fazia referência na literatura chinesa no ano 314 a.C.
No Séc. XV os portugueses trouxeram a laranja-doce para a Europa e fizeram a sua primeira plantação.
Rapidamente a laranja se espalhou pela Europa ficando a ser chamada de "portuguesa" nos países dos Balcâs e na Pérsia. (ver www.rosadosventosan.blogspot.pt )
Na maioria das restantes línguas indo-europeias o seu nome foi alterado.
Em França, gostaram tanto dela que devido ao seu sabor e à sua cor a ligaram ao ouro; daí terem convertido "narang" em "orange".
Em Inglaterra, como a classe dominante era, quase na totalidade, de origem francesa desde que os normandos a conquistaram, deram à laranja o nome francês.
No Sul da Alemanha, por influência do francês, também lhe chamavam orange.
No Norte da Alemanha e Flandres ( parte da Bélgica e Holanda ) identificaram a laranja como fruto da China e deram-lhe o nome de "Apfelsine" ( maçã da China ). Igualmente, na Suécia "apelsin". na Noruega "appelsin" e na Rússia "apelsin" ( em idioma russo )
Na História de alguns países há episódios interessantes relacionados com as laranjas que iremos revelar em próximas crónicas.
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