Países dos leitores

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

- “ O fanatismo do Islão”

Declarações de uma socióloga árabe-americana.
Wafa Sultan, socióloga árabe-americana, deu ao canal de televisão Al Yazeera do Qatar, em 2006, a seguinte entrevista.
Infelizmente, parece que nada adiantou porque, enquanto a instrução e a educação forem um pelouro exclusivo de fanáticos ignorantes, a civilização muçulmana que já foi um dos motores da humanidade, não poderá recuperar do atraso em que esses fanáticos a fizeram mergulhar.
O discurso é em árabe e a legendagem é em castelhano. A seguir ao vídeo encontra-se a tradução para português.

:

"Wafa Sultan:
“O confronto que está ocorrendo no Mundo não é um confronto entre religiões mas sim um confronto entre civilizações.
É o confronto entre duas Eras.
É o confronto :
- entre uma mentalidade da Idade Média e uma mentalidade do Séc. XXI;
- entre a civilização e o atraso;
- entre o civilizado e o primitivo;
- entre a barbárie e o racional;
- entre a liberdade e a opressão;
- entre a democracia e a ditadura;
- entre os direitor humanos e aviolação desses direitos;
- entre os que tratam as mulheres como animais e os que as tratam como seres
humanos;
O que vemos hoje não é um confronto entre civilizações porque entre civilizações não há confronto; há competição.
Entrevistador:
- Pelo que disse entendo que o que acontece hoje é um confronto entre a cultura do Ocidente e o atraso e ignorância dos muçulmanos?
Wafa Sultan:
Sim, é isso que quero dizer.
Entrevistador:
Quem lançou o conceito de confronto entre civilizaçõe? Não foi Samuel Hunttington? Não foi Bin Laden?
Gostaria de discutir este assunto ! ….
Wafa Sultan:
Foram os muçulmanos os primeiros a utilizar essa expressão. Foram eles que iniciaram o confronto entre civilizações.
O Profeta do Islão disse: foi-me dada a missão de combater até que todos creiam em Alá e no seu mensageiro !
Quando os muçulmanos dividiram as pessoas entre muçulmanos e não-muçulmanos iniciaram a luta contra os que não tinham a mesma crença e deram origem ao confronto e à guerra.
Para terminar esta guerra eles têm de rever os seus livros islâmicos e os seus programas de ensino que apelam a combater o infiel.
O meu colega disse que nunca ofendeu as crenças dos outros; mas que civilização o autoriza a designar os que têm outra crença por: “al dimma” ( súbditos de segunda classe ); “o povo do livro”; “palhaços e porcos”; “aqueles que provocam a ira de Alá” ?....
Quem lhe disse que eles são “o povo do livro”?... Não são o povo do livro ; são um povo de muitos livros . Todos os de temas científicos são usados por Vocês ! …. São o fruto do pensamento livre e creativo !
Com que direito lhes chama “aqueles que provocam a ira de Alá” ? Ou “aqueles que se afastaram do caminho” ? E depois vem dizer que a sua religião não lhe permite ofender as outras crenças ?
Eu não sou cristã, muçulmana ou judia; sou um ser humano normal. Não creio no sobrenatural, porém respeito o direito de outros crerem nisso.
Sacerdote islâmico:
És herege ? Se és herege não adianta contestar o que dizes porque blasfemaste contra o Islão, o Profeta e o Corão.
Wafa Sultan:
Isso são assuntos pessoais que não lhe dizem respeito. Pode assentar a sua fé em pedras mas não me as atire. É livre de adorar o que quiser mas as crenças dos outros não lhe dizem respeito. Quer creiam que o Messias é Deus, filho de Maria ou que satanás é Deus, filho de Maria, deixe cada um ter a sua crença.
Os judeus sobreviveram à tragédia do holocausto e conseguiram que o Mundo os respeitasse pelos seus conhecimentos e não pelo terror. A humanidade deve-lhes a maioria das descobertas cientificas dos Séc XIX e XX. Os judeus, pela comparticipação que deram à ciência e pelo seu trabalho, fizeram com que os 15 milhões espalhados pelo Mundo recuperassem os seus direitos.
Não vimos nenhum judeu a fazer explodir um restaurante alemão ! Não vimos nenhum judeu a destruir uma igreja ! Não vimos nenhum judeu matando gente numa manifestação de protesto !
Os muçulmanos destruíram 3 estátuas de Buda.
Não vimos nenhum budista incendiando mesquitas ou embaixadas ou assassinando muçulmanos!
Só os muçulmanos defendem a sua fé incendiando igrejas, matando gente e destruindo embaixadas.
Este caminho não leva a nada. Os muçulmanos devem perguntar-se o que podem fazer pela humanidade antes de exigirem que a humanidade os respeite."

Tradução e adaptação de A.Norton

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