Países dos leitores

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

- "Mais sobre ADESTES FIDELIS"

Depois do excelente e erudito artigo do nosso camarada internauta J.Peralta, digno Professor da Uni de S. Paulo e eminente soldado da Lusofonia, que nos fez recordar uma das glórias portuguesas que foram subtraídas ao tesouro cultural da nossa identidade lusófona pela xenofobia anglo-saxónica (refiro-me à Lusofonia implantada nos 5 continentes), permito-me, com vénia, publicar três das melhores interpretações da composição de eventual autoria do rei português D. João IV e afirmo que, se “Adestes Fidelis” não é de autoria de D.João IV, pelo menos foi por ele recolhida da música tradicional portuguesa e introduzida no meio cultural.
Em próximo artigo fundamentarei esta afirmação. Por agora, essa bela e inspirada melodia que tão bem exprime o sentimento lusitano, interpretada de três formas distintas:

1ª - como D.João IV a teria tocado na sua Sala de Música, em Vila Viçosa, numa interpretação do organista Leopoldoll




2ª - como sua filha Catarina, futura raínha de Inglaterra, a teria cantado nos serões de Vila Viçosa, desta vez cantada à capela pela compositora e cantora finlandesa Tarja Turunen




3ª- numa interpretação de Celine Dion, brilhantemente acompanhada por um coro cujo nome não se conhece.



Como podem ver "Adestes Fidelis" é mesmo uma canção universal que deveria ser escolhida como Hino da Lusofonia. Fica a sugestão ! ....


3 comentários:

  1. Segundo historiadores e musicólogos, John Wade ter-se-ia limitado a traduzir o então designado Hino Português, pois o seu manuscrito data de 1743 e a obra já era conhecida em Portugal desde 1640, através da Escola de Vila Viçosa, criada por D. João IV, em cujas instalações foram encontradas duas versões. Confundindo ...sempre ... tal como outras "autorias": estou a lembrar-me da descoberta da Austrália, por exemplo, ou do "chá das 5", ou da "batata inglesa" (designação dada no Brasil à batata) cuja origem é exatamente ... da América do Sul e dada a conhecer pelos povos ibéricos à Europa, que a usaram em substituição da então tradicional fava e castanha. Até o Futebol dizem ter nascido em terras de Sua Majestade, o que não é totalmente verdade ...

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  2. Pois é, amigo Canojones! Foi o que eles sempre fizeram: como eram pobres moralmente,culturalmente e materialmente, apoderavam-se, desavergonhadamente do que era dos outros.E a superioridade que sempre arvoraram, nada mais era do que reacção ao próprio complexo de inferioridade que sempre tiveram.

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  3. COMENTÁRIO DE J.PERALTA
    Recebi do nosso camarada J.Peralta, com pedido de publicação,o seguinte comentário:

    Caros amigos, Arnaldo Norton e Canojones,
    Se prosseguirmos à lista, teremos muito mais desvios descalabrados de propriedade intelectual e científica, onde Portugal e Brasil continuam sendo sempre lesados.
    1)-Para o mundo anglosaxônico, o Pai da Aviação não é e não será nunca o nosso Alberto Santos Dumond, por mais que isso seja provado e documentado à exaustão. Mas o Brasil ainda não cedeu a palma. Que nunca ceda.
    Esses senhores usurpadores sempre terão razão, a razão da força, contra a força da razão, pois têm poder econômico para divulgar o que querem e como querem, aos quatro ventos, inclusive nos nossos arraiais educacionais. Falta respeito e ética e sobra rapinação. A nós falta zelo pelo que é nosso
    2)-Mas, que diríamos do nosso NÔNIO, inventado por Pedro Nunes, Grande cientista e matemático português do séc. XVI?!
    Hoje para muitos o nome preferencial é VERNIÊ, só porque esse francês lhe pôs a mão...
    Fraude intelectual, ou pirataria, é o nome disso.
    Mas há muito mais.Há centenas de casos graves de lesão de nossas ousadias. Silenciaremos até quando?!
    A tentativa de pôr a mão grande também no Adeste Fideles não vingará.

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